Roadtrip: Marrocos!

[caditonuno]

se fores ao senegal ainda vês a carrinha 505 que eu e o meu cunhado vendemos para lá há uns 8 meses!

esses mini carrinhos se tivesse aí um audi branquinho, a minha filha não ia parar de me chatear até eu a deixar andar! (ou pelo menos se fosse um audi)

[Ruie34]

Sei bem o que dizes do Sul de Marrocos! Mas depois de tudo o que passámos no Norte e Sudeste, ao chegar a Marrakesh, foi um choque! Já ninguém olhava de lado para a minha esposa por não usar Hijab!

Quanto a continuar pelo Sul dentro, talvez um dia... Mas a segurança deixa-me de pé atrás!

A única questão de segurança da sul será a Frente Polisario. No ano passado os ânimos andaram mais exaltados, tendo a questão sido amenizada através de um observador da ONU. Nada disto afecta os turistas directamente porque ambos os lados os querem.

Não teria problema nenhum de pegar no jipe e voltar ao Sul.

Lindas essas fotos!

Caditonuno, 505 no Senegal é quase viatura presidencial

[Speaker]

se fores ao senegal ainda vês a carrinha 505 que eu e o meu cunhado vendemos para lá há uns 8 meses!

esses mini carrinhos se tivesse aí um audi branquinho, a minha filha não ia parar de me chatear até eu a deixar andar! (ou pelo menos se fosse um audi)

Haviam sim, e muitos, e isto foi uma constante ao anoitecer praticamente por todas as cidades que visitámos.

A única questão de segurança da sul será a Frente Polisario. No ano passado os ânimos andaram mais exaltados, tendo a questão sido amenizada através de um observador da ONU. Nada disto afecta os turistas directamente porque ambos os lados os querem.

Não teria problema nenhum de pegar no jipe e voltar ao Sul.

Lindas essas fotos!

Caditonuno, 505 no Senegal é quase viatura presidencial

Falo de atravessar para a Mauritânia e Senegal. Quanto ao Sahara Ocidental, não calhou mas podíamos ter ido sem qualquer problema!

[Speaker]

Fotos...

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5 DH (0.5€) para quem quiser tirar uma foto com a Avestruz
[IMG][/IMG]Os tais frigoríficos naturais de que falei acima.
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Provavelmente foram estas as maiores formigas que já vi.


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A prisão do castelo de Chefchaouen. O chão é tudo menos nivelado pela calçada de pedra redonda. Imaginem alguém ali acorrentado por dias a fio! Ou mesmo não acorrentado numa cela destas!
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Visitá-mos Chefchaouen no fim de tarde, noite da nossa chegada, acordá-mos cedo e visitá-mos a cascata e o castelo na manhã seguinte. Por volta das 11h, continuá-mos para Méknes. Uma viagem de +/- 3 horas e 200km por nacionais.
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Um veículo pesado, mas com a cabine salvo erro de uma Canter ligeira em Portugal, bem carregado, hahaha
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[caditonuno]

visitámos, acordámos, continuámos. com o traço não existe em português. se fosse visita-mos, o "mos" seria pronome (tu).

gostei dos "friguifos" e das vilas a azul claro e branco.

rui, olha que a 505 que vendemos tinha motor original e 160 mil... foi por duas milenas.

[Speaker]

visitámos, acordámos, continuámos. com o traço não existe em português. se fosse visita-mos, o "mos" seria pronome (tu).

gostei dos "friguifos" e das vilas a azul claro e branco.

rui, olha que a 505 que vendemos tinha motor original e 160 mil... foi por duas milenas.

Obrigado pela correcção, às vezes ataca-me a dislexia!

[Ruie34]

Haviam sim, e muitos, e isto foi uma constante ao anoitecer praticamente por todas as cidades que visitámos.



Falo de atravessar para a Mauritânia e Senegal. Quanto ao Sahara Ocidental, não calhou mas podíamos ter ido sem qualquer problema!

A Mauritânia é uma república islâmica com tudo o que isso acarreta, no entanto isso apenas se revela na proibição de posse e consumo de álcool, e no caso das zonas mais isoladas com um papel ligeiramente inferior da mulher.

O maior contra para o turismo é a falta de cuidados de saúde de qualidade.

As pessoas são mais fechadas e rudes , mas igualmente disponíveis para te ajudar caso precises.

Quanto à segurança, não tive um único problema. Fosse quando andei escoltado pelo exército, ou quando fiz quase 200 km sozinho ou passeei à noite em Nouakchot.

O trânsito da capital é completamente caótico e ganha quem tiver o maior carro e mais barulhento.

O Senegal também possui um trânsito caótico na cidade que visitei, St. Louis. As pessoas são mais expansivas e vestem - se com uma enorme multiplicidade de cores.
Nas paisagens já começa a surgir alguma erva e os embondeiros.

A rede de estradas é boa nos dois países, embora a Mauritânia tenha mais alcatrão esburacado... Isto or one passei.

Voltaria a visitar os dois países sem problemas.


Saúde não sei como é.

[Speaker]

A Mauritânia é uma república islâmica com tudo o que isso acarreta, no entanto isso apenas se revela na proibição de posse e consumo de álcool, e no caso das zonas mais isoladas com um papel ligeiramente inferior da mulher.

O maior contra para o turismo é a falta de cuidados de saúde de qualidade.

As pessoas são mais fechadas e rudes , mas igualmente disponíveis para te ajudar caso precises.

Quanto à segurança, não tive um único problema. Fosse quando andei escoltado pelo exército, ou quando fiz quase 200 km sozinho ou passeei à noite em Nouakchot.

O trânsito da capital é completamente caótico e ganha quem tiver o maior carro e mais barulhento.

O Senegal também possui um trânsito caótico na cidade que visitei, St. Louis. As pessoas são mais expansivas e vestem - se com uma enorme multiplicidade de cores.
Nas paisagens já começa a surgir alguma erva e os embondeiros.

A rede de estradas é boa nos dois países, embora a Mauritânia tenha mais alcatrão esburacado... Isto or one passei.

Voltaria a visitar os dois países sem problemas.


Saúde não sei como é.

Muito interessante. Tinha outra ideia muito pior, tal como muitos têm de Marrocos, basta ir uns posts acima aqui no tópico!
Essa viagem tem tópico cá?

[Speaker]

Tempo para mais umas fotos!

No caminho para Méknes, o calor era mais que muito, e resolvemos parar ao avistar um rio de caudal considerável - o que em algumas regiões, é raro em Marrocos - com a intenção de tomar banho, o que não fizemos porque a água era muito negra.
O termómetro do carro a circular a mais de 80 km/h andava nos 47 graus, e após estar parado reparámos que tínhamos acabado de completar 1000 km desde que saímos de casa, e nem dois minutos parados, e a temperatura já marcava 50 graus quando tirámos a foto dos 1000 km.
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Transporte de passageiros à Marroquina:
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Mais um pesado bem carregado!
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Adorei a paisagem por esta estrada muito deserta que o Waze me levou a descobrir. E as fotos desfavorecem muito a a vista.
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A Maria com o nosso Leão.
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Quantos vão no grand Táxi?
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[caditonuno]

é estilo "quantos cabem num mini?"" mas com espaço para mexerem as pernas.

os faróis já são um de cada cor!

[Rafael1993]

Mais fotos, estou a planear fazer uma viagem muito parecida para o ano que vem

[Speaker]

é estilo "quantos cabem num mini?"" mas com espaço para mexerem as pernas.

os faróis já são um de cada cor!

E vi muitos destes por lá, com faróis diferentes, sem faróis . O engraçado é que de vez em quando via também centros de inspecção, e todos catitas como os mais novos que existem por Portugal, e eu ficava: WTF? Quais serão os veículos que estes gajos inspeccionam mesmo?

Mais fotos, estou a planear fazer uma viagem muito parecida para o ano que vem

As fotos virão a seu tempo, e um pouco a conta gotas, mas vêm!
É uma viagem que recomendo muito. Se tiveres perguntas, estas à vontade!

[Speaker]

A próxima cidade de visita foi Méknes.
Esta é uma cidade imperial, cercada por muitos quilómetros de muralhas.
Chegámos a meio da tarde, e fomos direito à hospedagem que tínhamos em mente: a "Riad Dor". É um palácio do seculo XIX que pertence a uma família Berbere. O staff é impecável e o pequeno-almoço é do melhor para Marrocos.
Os quartos são enormes, e ainda vimos a suite. Mas por 40€ ficámos num enorme quarto com AC e bem ao estilo imperial da cidade.
Depois de tomar banho, saímos e demos de caras com muitas obras no centro histórico, e por esse motivo, alguns dos locais que íamos visitar estavam encerrados.
Ainda assim gostei muito da cidade. Bem tranquila e sem muita gente perturbadora, mesmo estando situada no Norte de Marrocos. Na mesma tarde fomos dar uma volta de “charrete”, visitámos uma prisão antiga, fomos jantar na praça principal – El Hedime - , que é uma mini Jemaa el-Fna de Marraquexe, com um pouquinho de tudo o que essa contém, e andámos pela Medina que para nossa surpresa foi a Medina de que mais gostámos e se podia encontrar os melhores artigos de todas as que visitámos. No dia seguinte fomos dar uma voltinha para visitar o palácio imperial, que tal como o Mausoléu e a mesquita também estava fechado para obras. Ainda assim, deu para visitar o lago artificial no seu exterior, e o calor era mais que muito. Então apanhámos um táxi que por 10DH nos levou ao centro, fomos visitar o museu etnográfico regional, e deixámos a cidade ainda antes de almoço com destino a Fez, que ficava apenas a 60 quilómetros e 1 hora de viagem.

Muitos gatos!!
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No interior da Riad onde nos hospedámos.
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[Speaker]

Muitas Tangines!! E motas! Sempre motas!!

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O lago artificial de que falei acima:
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Madrassa antiga de Méknes. - Madrassas são locais de estudo do Corão!
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E ainda antes de almoço deixámos Méknes. À saída vimos o primeiro Atacadão de muitos em Marrocos. Atacadão é uma cadeia de hipermercados muito presente no Brasil vocacionados para a venda a retalho.
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[Speaker]

Quase que me esquecia de relatar a minha incursão por oficinas antes de deixar Méknes.
Era meio dia e já nos dias antes tinha verificado que o AC por vezes falhava em baixas velocidades, e uma vez que voltou a falhar ao arrancar de Méknes, procurei no GPS e fui a uma oficina Peugeot.
Aí pediram-me de imediato cerca de 80€ só para verificar o sistema, e só tinham vaga 3 dias depois. Escusado será dizer que fui embora sem aceitar a oferta.
Procurei a Citroen, ainda cheguei lá antes de fechar para almoço e disseram que tinha de ser mesmo na Peugeot.
Segui viagem e mas com a intenção de parar numa oficina de nome Speedy, que é tipo Midas ou Feuvert aqui. Estas oficinas existem em alguma quantidade pelo país, mas tinha alguma urgência em resolver o problema, porque ia para Fez e depois vinha o calor do deserto. Além do problema do calor, nas minhas buscas on-line só voltava a encontrar oficinas do tipo, ou Peugeot quando chegasse a Marraquexe, e isso ainda ia ser uns bons dias.
Pelo caminho parei numa oficina de beira da estrada, que não tinha grande aspecto mas que anunciava serviços de electricista e carregamento de AC. Mesmo sendo hora de almoço, fui atendido de imediato e não é que mesmo parado o AC estava a funcionar normalmente? Ainda ligaram uma máquina de diagnóstico mas disseram que estava tudo bem e nada podia ser feito. Após mais de meia hora de volta do meu carro não cobraram nada.
Passado uns 10/15 km lá cheguei no tal Speedy, e o AC não funcionava quando parei o carro. Por cerca de 40€ foi carregado o gás, e como ficava perto de um supermercado que tinha restaurante fomos almoçar.
Quando terminaram estava a funcionar.
Lá seguimos viagem para Fez e já chegado lá, estava tudo na mesma. Por vezes falhava no para arranca e em baixas velocidades.
Resolvi não perder mais tempo em oficinas, e só depois de Fez, do deserto e das gargantas do Todra e Dades, que percebi que era a ventoinha do radiador que não funcionava.

[caditonuno]

tagines...

quanto ao caso da ventoinha, foste pela lógica, afinal era outro problema. foi um pouco duro, no entanto é nestas alturas que as coisas avariam, não há nada a fazer, é mesmo assim! felizmente que dá para aguentar, embora esse calor seja mesmo seco!

[Ruie34]

Muito interessante. Tinha outra ideia muito pior, tal como muitos têm de Marrocos, basta ir uns posts acima aqui no tópico!
Essa viagem tem tópico cá?

Tem aqui

http://forum.autohoje.com/road-book/...d-trip-67.html

[Speaker]

Sim deu bem para aguentar, até porque até voltar tudo à normalidade não fiz muita cidade.

Ruie, eu já tinha visto o tópico e até o usei para planear a minha viagem, só não me lembrava que era teu.
Aquela estrada que falas de Marraquexe para Ouarzazate, também a fiz no sentido inverso. Foi o troço de longa distância em piores condições que fiz em toda a viagem. Mas é interessante pelas paisagens, e estão a decorrer enormes trabalhos de remodelação e onde já terminaram, está espectacular.
O que observei nesta obra em particular foi que em Marrocos não se respeita tanto o ambiente, na construção de estradas. Se tem de se "alargar" a montanha alarga-se, se for melhor arrasar um monte também se arrasa, e ninguém quer liga para a modificação da paisagem natural. Com isto sai a qualidade das estradas a ganhar.

Ao rever os teus posts no tópico das roadtrips, nesta foto será que o objectivo no taxi era escrever McLaren?

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[MetalKing]

Parabéns pela aventura.

[sadner]

Grande relato, parabens! Tambem vou em setembro

Como fizeste com o alojamento? Marcaste alguma coisa online (tipo booking) ou foi tudo negociado no local?

[Ruie34]

Sim deu bem para aguentar, até porque até voltar tudo à normalidade não fiz muita cidade.

Ruie, eu já tinha visto o tópico e até o usei para planear a minha viagem, só não me lembrava que era teu.
Aquela estrada que falas de Marraquexe para Ouarzazate, também a fiz no sentido inverso. Foi o troço de longa distância em piores condições que fiz em toda a viagem. Mas é interessante pelas paisagens, e estão a decorrer enormes trabalhos de remodelação e onde já terminaram, está espectacular.
O que observei nesta obra em particular foi que em Marrocos não se respeita tanto o ambiente, na construção de estradas. Se tem de se "alargar" a montanha alarga-se, se for melhor arrasar um monte também se arrasa, e ninguém quer liga para a modificação da paisagem natural. Com isto sai a qualidade das estradas a ganhar.

Ao rever os teus posts no tópico das roadtrips, nesta foto será que o objectivo no taxi era escrever McLaren?

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Marrocos está com um ritmo de desenvolvimento de infraestruturas muito acentuado. Tenho falado com pessoas que vão lá frequentemente e já me tinham falado dessa estrada.

Até já a No men land tem autoestrada

Já começam a ter alguma consciência ambiental. Pelo menos já é proibido andar de jipe nas praias.

Relativamente à foto, aquilo deve ser o nome do taxista.

[Speaker]

Parabéns pela aventura.

Muito obrigado!

Grande relato, parabens! Tambem vou em setembro

Como fizeste com o alojamento? Marcaste alguma coisa online (tipo booking) ou foi tudo negociado no local?

Sim marquei, mas nada com antecedência porque preparei um itinerário flexível em que tanto podia ficar menos ou mais tempo em cada lugar de passagem, consoante a nossa vontade de ficar ou partir para o próximo.
A primeira noite em Marrocos foi em Chefchaouen e aí ficámos num hostel barato que eu já tinha visto óptimos relatos ao programar a viagem. Chegámos na cidade, estacionámos num parque que me pareceu bom e não muito longe do alojamento. Saímos com as nossas mochilas preparadas para ficar uma noite, e tivemos que nos basear no Messi e no Neymar para fintar todos os Marroquinos que nos queriam levar para alojamentos, até chegar ao Hostel com a ajuda do google maps. Chegados lá ficámos com um quarto sem wc privativo, mas que acabou por ser só para nós por apenas 160 DH - +/-14€. Essa foi a dormida mais barata de toda a viagem.
Na cidade seguinte fiz +/- o mesmo.
Em outras via no booking, não reservava e ia directamente. Mas isso é um grande erro. Porque nunca conseguia os preços anunciados, mas acabava a pagar mais ainda, por isso quando tinha a certeza de onde ia passar a noite, tratava de reservar.
Ainda assim tive alguns stresses: uma gaja em Marraquexe que mesmo depois de reservar pelo booking um quarto com AC, me obrigou a pagar 50 DH por noite pelo comando que permitia ligar o AC! Ainda reclamei com o booking mas até agora ainda não deu nada. E também um hotel em Safi, que mais uma vez fui besta e resolvi ir directamente - havia muito pouca oferta na cidade - que ainda me cobrou menos que o anunciado na net, mas me obrigou a fazer um depósito de 500 DH (+/-46€) de caução - o quarto só custava 450DH - e ainda não me devolveu a caução. Mas isso tenho esperança de que tudo se resolverá com a ajuda da entidade financeira do meu cartão de crédito.
De resto em todas as cidades há muita gente a oferecer alojamento. Costumam estar com chaves na mão à borda da estrada. Mas como os Marroquinos perturbam tanto com vendas, e a quererem ser nossos guias e tudo o mais, nunca experimentei, mas acredito que se consiga grandes preços.

[Speaker]

O próximo destino foi Fez.
Esta foi a a cidade de que menos gostámos de toda a viagem. Na verdade foi a única de que realmente não gostámos de todo.
Fez é uma cidade muito grande, mas todas as atracções ficam na Medina. E esta é a maior Medina do mundo. Tem milhares de becos sem saída, e as ruas são realmente um labirinto, em que não se consegue sequer orientar para apontar a um ponto cardeal, com subidas e descidas, virar para ruas orientadas para o sentido inverso, voltar a virar até que eventualmente se chega ao destino. Só mesmo conhecendo, é possível chegar a algum lado.
Tinha visto uma riad com muito boas avaliações no booking e erroneamente resolvi tal como antes estacionar o mais perto possível e tentar encontrar. A riad era na Medina, e em Fez, esqueçam o google maps. As ruas são tão estreitas que o mapa não se orienta. Se tivesse visto outro hotel ou riad de jeito na zona, teria ficado lá mesmo, mas a Medina de Fez tem muito mau aspecto e tudo o que via eram portas fechadas. Por ali andei, e quando o mapa aparentava estar perto, lá havia um beco ou uma nova travessa que me levava no sentido inverso. Lá pedi ajuda a um miúdo que me levou à riad que eu procurava. O miúdo não aceitou o nosso dinheiro, mas foi pago pela riad o que penso ter inflacionado o preço. Aí, chegámos a uma porta fechada sem qualquer sinalização e após bater muitas vezes à porta, chegou um homem mal encarado com aspecto de quem tinha acabado de acordar. Cansados de andar ao calor e sem grande alternativa lá negociámos o preço (que ficou mais caro que o anunciado no booking) e ficámos.
A riad, tal como outros sítios em que ficámos não tinha mais hóspedes, talvez por o Verão ser mesmo época baixa nestas cidades Marroquinas, e tinha o átrio todo desaprumado, mas o quarto mesmo com um cheiro a bafio não era mau de todo.
Depois de nos acomodar-mos e tomar um duche de água fria, saímos do quarto para ir dar uma volta. Ao chegar ao átrio, foi oferecido um chá de menta e ficámos um pouco à conversa com um rapaz que não entendi bem se era empregado ou irmão do dono. À conversa, sensibilizou-nos para o facto de que a Medina de Fez era enorme, e que era praticamente impossível ir onde quer que fosse por nossa conta sem um guia. Nós já tínhamos planeado contratar um guia e em boa ou má hora concordámos. Ainda ponderámos agendar o guia para o dia seguinte de manhã, o que era a nossa ideia inicial, mas por sugestão do rapaz, ele chamou um guia e passado pouco tempo fomos dar o nosso tour pela Medina.
O problema é que o guia passou connosco nas atrações turisticas que tinhamos em mente, mas como já passava das 17h, já estava tudo fechado, pelo que só pudémos ver pelo exterior. De resto levou-nos para lojas com preços super inflacionados com o intuito de conseguir a sua comissão. E não foi só em uma nem duas, levou-nos a locais de artesanato em que era tudo premeditado e falso, e que tenho a certeza que além das pessoas que lá vão com "guias", mais ninguém compra nada ali. E a pressão no interior das lojas é enorme, nem vou descrevê-la muito, ou é para ajudar o comércio tradicional, ou os pobres, ou o que quer que seja. Sempre que não comprávamos o guia não conseguia disfarçar a insatisfação, e mesmo depois de lhe dizer que não estava em Fez para comprar nada, apenas queria tirar fotos, ele fazia concordar e dizia que não ia acontecer mais, mas levava-nos sempre para lojas; ou era um "museu" ou uma cooperativa, etc. etc. E quando falo de preços inflacionados, posso referir dois exemplos: levaram-nos para uma "farmácia Bérbere" em que o óleo de argan em pequeníssimas porções, depois de negociado ficava por 150 DH, quando consegui garrafas maiores no litoral por 30 DH; no local onde fazem artigos em pele, após uma pressão inexplicável por via deste texto, comprámos uma carteira de mulher por 150 DH, que provavelmente nem tinha sido feita lá, pois vimos em muitas outras cidades iguaizinhas na ordem dos 50 DH. Depois do tour pelos comércios e entrada dos monumentos o guia perguntou se queríamos jantar, e como não havia nada perto da riad aceitámos e levou-nos para um "restaurante" que mais não era que o terraço de uma casa particular com preços inflacionadíssimos também, e acabámos por comer algo que nos provocou a primeira e única diarreia durante toda a estadia. O guia estava muito frustrado por não comprarmos nada, e pagámos-lhe os 150 DH combinados (bem mais que a diária de um salário médio Marroquino) mas pedia mais dinheiro, só que quando lhe disse imperativamente e com convicção que só lhe dava o combinado na riad, disse que ia ligar para o rapaz da riad para nos ir buscar e foi-se embora.
Durante o passeio pela Medina, posso dizer que foi interessante pelo tamanho e complexidade do labirinto mas além da má experiência com o guia que contratámos houve muita coisa que não nos deu prazer nenhum de ver. A sujidade é muita. As mini lixeiras ao ar livre com gatos, mulas e burros a tentar comer algo. A forma como são tratados burros e mulas, ao carregarem cargas pesadíssimas por colinas muito íngremes, com calor insuportável e a levarem porrada e espumarem imenso pela boca de tanta sede, quando até a mim sem qualquer peso me custava a andar. As crianças pedintes e mal tratadas. Os talhos e peixarias ao ar livre e a esquartejarem carneiros no meio das praças, e com carnes amarelas de putrefacção em cima dos balcões. E etc. etc.
O rapaz tardou em aparecer, mas apareceu e seguiu à nossa frente apressadissimo e batia em cada criança que nos pedia dinheiro. Quando chegámos na riad, combinámos a hora de saida de manha e ficou de nos preparar o pequeno almoço incluido na dormida e acompanhar-nos até ao parque de estacionamento.
No outro dia de manhã, só estava o primeiro homem que nos tinha recebido no dia antes. Estava de novo com cara de sono, e nem pequeno-almoço nem nada de nos acompanhar. Quanto à comida ainda bem, até porque já tínhamos planeado que íamos recusar o pequeno almoço porque o local não inspirava confiança nenhuma.
Procurámos sair da medida, o que após alguns encontros com becos sem saída, lá conseguimos, e depois de sair foi fácil chegar ao parque onde tinha estacionado.
Pegámos no parque e lá fomos ao carrefour para o pequeno almoço e comprar logo almoço. Uma magnifica viagem de mais de 8 horas nos esperava, na qual vimos paisagens ultra diferentes umas das outras, atravessámos o Atlas e só parámos no deserto. Mas antes fomos ao topo de Fez ver umas ruínas que são uns túmulos e que permite ver toda a Medina ao longe, e isso foi o que mais gostámos da visita a Fez.
Ainda ponderámos nesse mesmo dia, recorrer a um guia oficial que ficámos a saber que são os unicos que podem dar uma visita decente à cidade, mas ficámos tão mal impressionados com a cidade que desistimos.
Eu adoro animais e tenho muito contacto com os mesmos, e nem sou de muitas sensibilidades a maus tratos quando sei que nada posso fazer, mas reconhecendo a minha hipocrisia, preferia não ter visto como são tratados os animais de carga ali. Mexeu mesmo comigo.
Também odiámos, no geral as pessoas de Fez, que nada tem a ver com o resto do país. Aqui realmente só nos vêm como um cifrão. E não me digam que todo o Marroquino é assim, porque ali é gritante demais. Só querem dinheiro e ninguém gosta de estrangeiros, e não, não é só de mim por ser um teso e não ter gasto nada lá...
Seguirá abaixo as fotos e até um video!

[MetalKing]

Para compras, tinhas de ir a Nador.

Tens lá roupa das melhores marcas, Made in Marrocos.

[Speaker]

[Speaker]

Para compras, tinhas de ir a Nador.

Tens lá roupa das melhores marcas, Made in Marrocos.

Não fui lá, mas também não estava interessado nesse tipo de compras. Mas agora que fui pesquisar a cidade, pareceu-me interessante!

[Speaker]

Onde tratam peles e fazem artigos em pele!
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Aqui pode ser visto um trabalhador a laborar dentro de um tanque de cal viva, com um calor insuportável e com vestuário de protecção quase nulo além das botas.
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Vista sobre a Medina. Ao fundo no topo do monte estão os túmulos que visitei no dia seguinte.
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Eu numa das lojas/museu que o guia me levou. Cobriram me logo e até gostei da peça, mas mesmo depois de negociado queriam cobrar mais de 30€ por este lenço, quando os vi em outros locais a cerca de 5€ ou menos.
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Entrada da universidade de Fez, a mais antiga do mundo.
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[MetalKing]

Não fui lá, mas também não estava interessado nesse tipo de compras. Mas agora que fui pesquisar a cidade, pareceu-me interessante!

A cidade não tem nada de interessante.

A minha experiência em Marrocos, foi mesmo de praia em Saidia, e uma fugida a Oudja - que ainda vale a pena - e outra a Nador, que apenas valeu pela viagem pela costa mediterrânica.

[Speaker]

A cidade não tem nada de interessante.

A minha experiência em Marrocos, foi mesmo de praia em Saidia, e uma fugida a Oudja - que ainda vale a pena - e outra a Nador, que apenas valeu pela viagem pela costa mediterrânica.

Foste só para algum hotel/resort em Saidia? Em carro próprio, presumo...

[MetalKing]

Foste só para algum hotel/resort em Saidia? Em carro próprio, presumo...

Sim, fui para um resort em Saidia, e fui de avião até Oujda e não de carro.