Para quê comprar um carro que se sabe não se poder sustentar?

[AyrtonRose]

ANos 60?

Nada disso, estamos a falar da decada de 90, penso eu.

década de 80/90 havia mto Ferrari à conta dos sapatos cosidos por 10 escudos prá Lacoste etc
Mas isso que havia mais ferraris do que no monaco é meio mito urbano/meio realidade misturada com a historia dos Lambo nos anos 60.

[Sanctus]

POr acaso... não entrou mas a culpa foi dele... estava ao meu colo a dormir, só sobrava uma mão... daí os erros e abreviaturas.

Também espero, e quero, ter "problemas" desses.

A regra dos 3 terços é simples e porreira.

Gastar em casa e coisas relacionadas 1/3 do que se ganha, outro 1/3 nas outras coisas que precisamos e gostamos de fazer e o último 1/3 para poupar.

O meu pai também já me falou nessa regra, e que pensava que a ia aplicar, quando era jovem, mas que nunca passou duma utopia!

Por acaso se todos tivessem o pouco que ele tem poupado no banco o país estaria numa situação bem diferente, pelo menos ao nivel da concessão de crédito.

Ele falou-me em Lamborghinis, e eu, sem certezas, também já li algo a esse respeito (chegou a vir cá pessoal da marca estudar o caso...? something like this).

O que ele me contou é que eram novos-ricos com fabriquetas com pessoal a ganhar o mínimo que os tinham, essencialmente, e não duvido honestamente.

[206Hdi]

década de 80/90 havia mto Ferrari à conta dos sapatos cosidos por 10 escudos prá Lacoste etc
Mas isso que havia mais ferraris do que no monaco é meio mito urbano/meio realidade misturada com a historia dos Lambo nos anos 60.

Essa realidade em pouco tempo vai voltar a fazer parte do dia-a-dia de muitas famílias na Região do Vale do Ave. Quem conhece a "verdadeira" realidade dessa zona sabe muito bem da existência de trabalhadores que executam trabalho de produção com salários inferiores ao Salário Mínimo Nacional + Dependência familiar do RSI.

[Sanctus]

Ele falou-me em Lamborghinis, e eu, sem certezas, também já li algo a esse respeito (chegou a vir cá pessoal da marca estudar o caso...? something like this).

Esta pesquisa no google trouxe-me a este fórum, mais precisamente a este post:

De facto nos anos 70/80 na região do vale do ave houve uma grande concentração de grandes máquinas, tal que me contaram que por essa altura um representante da Lamborghini em Itália veio de propósito a Portugal tentar perceber como um país como o nosso (na altura devíamos passar a imagem de um país de camponeses), principalmente no norte encomendavam tantos Lamborghinis!!

Pelos vistos!

Fica parte do post só.

[bg2]

ANos 60?

Nada disso, estamos a falar da decada de 90, penso eu.

não não

anos 60 mesmo. Miuras, sobretudo.

[Sanctus]

não não

anos 60 mesmo. Miuras, sobretudo.

Pelos vistos foi dos 60 aos 90.

Porcaria dos chinos tinham que tirar 40 anos de fartura à malta.

Já agora, a mim falou-me em 80's e 90's.

[Vrumm]

não não

anos 60 mesmo. Miuras, sobretudo.

Estamos a falar de eventos diferentes então.

Corria a década de 90 qdo choviam subsidios para que as fábricas do Vale do Ave se modernizassem para os novos tempos de um mercado em que a globalização nos poderia enfraquecer caso não actualizassemos as nossas fábricas de confecção textil... A nossa arma não podia manter.se na competitividade da MO barata, iríamos perder essa guerra com esse argumento (cmo acabámos por o comprovar...).

Os subsidios chegaram, fundos chegaram, no entanto as fábricas pouco se alteraram, pouca formação houve... já a frota automóvel, nomeadamente, uma concerntração de Ferraris superior ao principado do Mónaco deixa antever para onde foram esses dinheiros...


Não é fenómeno exclusivo do Norte como alguns gostam de sublinhar.... No Alentejo muitos desses fundo foram transformados em LAnd Rovers e afins...

[Sanctus]

No Alentejo muitos desses fundo foram transformados em LAnd Rovers e afins...

Também me falou nisso.

Nos tempos do Cavaco essencialmente...?

[Sanctus]

Estamos a falar de eventos diferentes então.

Corria a década de 90 qdo choviam subsidios para que as fábricas do Vale do Ave se modernizassem para os novos tempos de um mercado em que a globalização nos poderia enfraquecer caso não actualizassemos as nossas fábricas de confecção textil... A nossa arma não podia manter.se na competitividade da MO barata, iríamos perder essa guerra com esse argumento (cmo acabámos por o comprovar...).

Os subsidios chegaram, fundos chegaram, no entanto as fábricas pouco se alteraram, pouca formação houve... já a frota automóvel, nomeadamente, uma concerntração de Ferraris superior ao principado do Mónaco deixa antever para onde foram esses dinheiros...

Não iamos perder a batalha de qualquer das formas?

Pelo menos acho impossivel competir com mão-de-obra tão barata como na China, por exemplo. Um engenheiro lá ganha 200€, no México um operário ganha 60 dólares, segundo li.

Mesmo os países com indústrias (deslocalizadas lá está ) estão pelo pescoço com dívidas...

[Vrumm]

Não iamos perder a batalha de qualquer das formas?

Pelo menos acho impossivel competir com mão-de-obra tão barata como na China, por exemplo. Um engenheiro lá ganha 200€, no México um operário ganha 60 dólares, segundo li.

Mesmo os países com indústrias (deslocalizadas lá está ) estão pelo pescoço com dívidas...

Não sermos os mais competitivos e ficarmos completamente para trás, são cenários completamente distintos... Infelzimente, muito do nosso mundo "empresarial" optou pela segunda solução...

[bg2]

Estamos a falar de eventos diferentes então.

Corria a década de 90 qdo choviam subsidios para que as fábricas do Vale do Ave se modernizassem para os novos tempos de um mercado em que a globalização nos poderia enfraquecer caso não actualizassemos as nossas fábricas de confecção textil... A nossa arma não podia manter.se na competitividade da MO barata, iríamos perder essa guerra com esse argumento (cmo acabámos por o comprovar...).

Os subsidios chegaram, fundos chegaram, no entanto as fábricas pouco se alteraram, pouca formação houve... já a frota automóvel, nomeadamente, uma concerntração de Ferraris superior ao principado do Mónaco deixa antever para onde foram esses dinheiros...


Não é fenómeno exclusivo do Norte como alguns gostam de sublinhar.... No Alentejo muitos desses fundo foram transformados em LAnd Rovers e afins...

vrum, não mistures as fases.


lambos foi nos anos 60.

a partir daí a marca rareou em portugal, tanto que nem um countach novo se vendeu cá. só nos anos 90 voltou a ter representação em portugal.

Isso dos subsidios foi mais tarde, como referes, mas creio que nunca houve um aglomerado recordista de ferraris.

[Sanctus]

Não sermos os mais competitivos e ficarmos completamente para trás, são cenários completamente distintos... Infelzimente, muito do nosso mundo "empresarial" optou pela segunda solução...

Tens razão.

Bg2, acredito que se faça muita confusão com o assunto, eu próprio só contei o que me contaram, quando nasci estávamos quase na mudança de milénio.

[Lom]

Não iamos perder a batalha de qualquer das formas?

Pelo menos acho impossivel competir com mão-de-obra tão barata como na China, por exemplo. Um engenheiro lá ganha 200€, no México um operário ganha 60 dólares, segundo li.

Mesmo os países com indústrias (deslocalizadas lá está ) estão pelo pescoço com dívidas...

Isso era na década passada,actualmente o salário medio de um engenheiro na China,ronda os 1300€€.Portanto não é só uma questão de salários.

[Sanctus]

Isso era na década passada,actualmente o salário medio de um engenheiro na China,ronda os 1300€€.Portanto não é só uma questão de salários.

Ai o caraças... foi no SOL que li isso, a propósito duma reportagem sobre a Huawei.

Claro que se pode estar a meter muita coisa pelo meio, mas agora deixaste-me .

Eu sei que não é só de salários, também de legislação (falta dela no caso da China), câmbio, etc.

Por causa da inflação já há empresas a irem para outros sítios mais baratos (lol).

[WildChild]

Vocês são tão pessimistas...

Quando comprei o meu ultimo carro saltei de um 206 para um 407, estive sempre na duvida se a vida me ia correr bem e se o ia conseguir manter, até tive uma proposta de um 407 coupé pelo mesmo preço com 50 mil km a mais, estive mesmo mesmo tentado a compra-lo mas depois pensei "hmmm, 6 cilindros, seguro mais caro, revisões mais caras, imposto mais caro, pneus mais caros, combustivel ao mesmo preço mas mais quantidade"...

Optei pelo normal, bem lá sabia eu que a vida me ia correr como corre agora, fruto de anos a investir em mim que começaram a dar frutos e a ando a pagar o carro com uma taxa de esforço na ordem dos 35%...

Ora bolas, todos os dias me pergunto o porquê!!! Porque não comprei o Coupé? Porquê??? PORQUEEEÊ!!!!!!!!!

[Vrumm]

vrum, não mistures as fases

Digo-te o mesmo.

Eu estou apenas a referir-me à fase mais recente.

Da outra, mais antiga, sinceramente, nem nunca tinha ouvido falar.

[206Hdi]

Estamos a falar de eventos diferentes então.

Corria a década de 90 qdo choviam subsidios para que as fábricas do Vale do Ave se modernizassem para os novos tempos de um mercado em que a globalização nos poderia enfraquecer caso não actualizassemos as nossas fábricas de confecção textil... A nossa arma não podia manter.se na competitividade da MO barata, iríamos perder essa guerra com esse argumento (cmo acabámos por o comprovar...).

Os subsidios chegaram, fundos chegaram, no entanto as fábricas pouco se alteraram, pouca formação houve... já a frota automóvel, nomeadamente, uma concerntração de Ferraris superior ao principado do Mónaco deixa antever para onde foram esses dinheiros...


Não é fenómeno exclusivo do Norte como alguns gostam de sublinhar.... No Alentejo muitos desses fundo foram transformados em LAnd Rovers e afins...

Durante os 2 mandatos do Primeiro Ministro (actual PR) entravam em Portugal diariamente mais de "1.000.000 de contos" dessas ajudas a fundo perdido. Como bem dizes não foi só o Norte que se apoderou desse dinheiro.

[tito23]

Quando comprei carro novo, em Janeiro de 2010, morria de amores pelo A5 Sportback mas era mesmo muita areia para a a minha camioneta (carteira).

Acabei por comprar um Octavia por metade do valor.

Era o dobro da mensalidade, manutenção mais cara, IUC mais caro, seguro mais caro, maior consumo, pneus mais caros. Acho que por esta altura já tinha recorrido aos pais e sogros para pagar as contas

[Lom]

Ai o caraças... foi no SOL que li isso, a propósito duma reportagem sobre a Huawei.

Claro que se pode estar a meter muita coisa pelo meio, mas agora deixaste-me .

Eu sei que não é só de salários, também de legislação (falta dela no caso da China), câmbio, etc.

Por causa da inflação já há empresas a irem para outros sítios mais baratos (lol).

Actualmente as empresas tem-se deslocado para paises onde a mão de obra é mais barata, como o Vietnam,Tailândia,etc.A China tem mudado muito,os chineses tem se tornado muito exigentes, tem viajado pelo mundo,logo querem viver ao nivel dos ocidentais.

[Obtuso]

Vocês são tão pessimistas...

Quando comprei o meu ultimo carro saltei de um 206 para um 407, estive sempre na duvida se a vida me ia correr bem e se o ia conseguir manter, até tive uma proposta de um 407 coupé pelo mesmo preço com 50 mil km a mais, estive mesmo mesmo tentado a compra-lo mas depois pensei "hmmm, 6 cilindros, seguro mais caro, revisões mais caras, imposto mais caro, pneus mais caros, combustivel ao mesmo preço mas mais quantidade"...

Optei pelo normal, bem lá sabia eu que a vida me ia correr como corre agora, fruto de anos a investir em mim que começaram a dar frutos e a ando a pagar o carro com uma taxa de esforço na ordem dos 35%...

Ora bolas, todos os dias me pergunto o porquê!!! Porque não comprei o Coupé? Porquê??? PORQUEEEÊ!!!!!!!!!

Considerando que é recomendável manter a taxa de esforço em créditos abaixo dos 40% isso já me parece elevado para um "simples" carro (e isto sem considerar que tenhas crédito habitação).

[meialeca]

E o combustível? E o seguro, mantuenção e selo? Se largas 40% só para a prestação do carro, com estes extras passas bem os 50% do rendimento só para andar de carro.
Se tiveres casa para pagar também, não vejo onde sobra muita coisa .

[cjr]

Considerando que é recomendável manter a taxa de esforço em créditos abaixo dos 40% isso já me parece elevado para um "simples" carro (e isto sem considerar que tenhas crédito habitação).

No meu orçamento familiar a prestação mensal do carro corresponde a uma taxa de 8,7% de esforço e não pago renda de casa (só condomínio), e mesmo assim é algo q quero acabar com o quanto antes, tendo em conta depois as despesas com combustível, revisões, seguro e pneus.

[WildChild]

Considerando que é recomendável manter a taxa de esforço em créditos abaixo dos 40% isso já me parece elevado para um "simples" carro (e isto sem considerar que tenhas crédito habitação).

Elevado? Então se estou abaixo dos 40% como é que é elevado?

[Sanctus]

Actualmente as empresas tem-se deslocado para paises onde a mão de obra é mais barata, como o Vietnam,Tailândia,etc.A China tem mudado muito,os chineses tem se tornado muito exigentes, tem viajado pelo mundo,logo querem viver ao nivel dos ocidentais.

Li apenas sobre a inflação, desconhecia que já andassem a "abrir o olho", para mais no regime em que vivem.

[cjr]

Elevado? Então se estou abaixo dos 40% como é que é elevado?

O mcabral falou em créditos.

Obviamente q cada caso é um caso. Se a pessoa só tiver um crédito e poucos gastos mensais uma taxa de esforço de 35% é perfeitamente suportável.

Caso contrário, pode ser um grande problema.

[206Hdi]

No meu orçamento familiar a prestação mensal do carro corresponde a uma taxa de 8,7% de esforço e não pago renda de casa (só condomínio), e mesmo assim é algo q quero acabar com o quanto antes, tendo em conta depois as despesas com combustível, revisões, seguro e pneus.

Cá em casa não há créditos automóveis ou coisa supérfluas, o único mesmo é da habitação (nenhum dos dois ainda herdou casas) e representa menos de 20% do orçamento familiar.

[beowulf]

Estou na Holanda há poucos meses e mesmo ao lado da capital. Algo que notei imediatamente foi a diferença para o parque automovel que via em Lisboa. Agora vejo imensos carros bastante antigos e mesmo muitos de segmentos de entrada, muito carro pequeno e sem pedigrees de marca (até o meu 207 parece grande). Um dos motivos para isto é sem duvida a carga fiscal tambem nao ser baixa, mas é tambem a cultura do povo (não parecem valorizar muito os carros ou as aparencias, mas preferem gastar mais na casa por exemplo). Outra coisa que deve ajudar é o facto de tambem nao se poder andar tanto de forma divertida (e depressa) o que tambem faz com que os carros sejam mais vistos como "ferramenta pratica" do que como fonte de diversao e/ou status.

[Sanctus]

Cá em casa não há créditos automóveis ou coisa supérfluas, o único mesmo é da habitação (nenhum dos dois ainda herdou casas) e representa menos de 20% do orçamento familiar.

Menos de 20% é excelente!!!

Para quando um carro novo aí para casa?

Estou na Holanda há poucos meses e mesmo ao lado da capital. Algo que notei imediatamente foi a diferença para o parque automovel que via em Lisboa. Agora vejo imensos carros bastante antigos e mesmo muitos de segmentos de entrada, muito carro pequeno e sem pedigrees de marca (até o meu 207 parece grande). Um dos motivos para isto é sem duvida a carga fiscal tambem nao ser baixa, mas é tambem a cultura do povo (não parecem valorizar muito os carros ou as aparencias, mas preferem gastar mais na casa por exemplo). Outra coisa que deve ajudar é o facto de tambem nao se poder andar tanto de forma divertida (e depressa) o que tambem faz com que os carros sejam mais vistos como "ferramenta pratica" do que como fonte de diversao e/ou status.

Não é a 1ª vez que leio o que escreves sobre o país da pouca-vergonha.

[WildChild]

O mcabral falou em créditos.

Obviamente q cada caso é um caso. Se a pessoa só tiver um crédito e poucos gastos mensais uma taxa de esforço de 35% é perfeitamente suportável.

Caso contrário, pode ser um grande problema.

No meu caso só tenho mesmo esse crédito, não tenho despesas excepto os meus vicios, musica e paintball

[DRM]

Vivi na Holanda durante três anos,voltei quase a dois.Concordo com a diferença do parque automóvel,realmente existem muitas versões base (segmento a/b porque pagam pouco de imposto) e muitos carros antigos (não pagam nada ) . Tinha um colega que pagava cerca de 1000 euros anuais por um astra g 1.4 de 98 por exemplo. Mas onde notei maior diferença foi na quantidade de desportivos e de versões de topo que por lá abundam, não esquecendo os super desportivos e aqueles devoradores de combustível vindos da América,tanto novos como velhos !!! Pena não conhecer o forum na altura senão inundava o "hoje eu vi" com fotos. Quem veja os carros apenas como ferramenta tanto é lá como cá,porem lá são mais os que os apreciam e que tem modelos raros.Resta nos as nossas estradas "up and down" que qualquer 1.2 consegue dar prazer,eles que passeiem nas suas rectas planas os seus aviõesEsqueci me de referir que os carros são bem mais baratos lá.