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    Originalmente Colocado por Israel Ver Post
    Meu amigo, ele até podia ser um assassino e um pedofilo, nada invalida o facto de ele ter razão no que diz neste momento, ponto final paragrafo.
    Por acaso também não.

    Ele limita-se a ser populista, diz algumas coisas com sentido, mas que nunca fez como ministro, diz o que malta quer ouvir, mas na generalidade, o que defende é mais do mesmo que nos conduziu ao longo deste caminho, caminho que ele ajudou a traçar.

    Valor teria ele se, em vez de repetir velhas formulas e conversa populista, defendesse o que de facto é preciso mudar na economia nacional.

    Mas isso já não lhe interessa muito...

    Comentário


      Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
      Por acaso também não.

      Ele limita-se a ser populista, diz algumas coisas com sentido, mas que nunca fez como ministro, diz o que malta quer ouvir, mas na generalidade, o que defende é mais do mesmo que nos conduziu ao longo deste caminho, caminho que ele ajudou a traçar.

      Valor teria ele se, em vez de repetir velhas formulas e conversa populista, defendesse o que de facto é preciso mudar na economia nacional.

      Mas isso já não lhe interessa muito...
      Os conhecimentos económicos do Nthor são assustadores... (mesmo!)

      Comentário


        Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
        Sinceramente, então vocês que defendem que o principal mal do país foram 11 meses de PREC e não os 34 anos de governos PS e PSD bem como o seu desgoverno.

        Acham que um gajo que foi Ministro das Finanças, numa altura tão importante, que conduziu e traçou o caminho do país desde 1976 a 1979 não é relevante?


        São peritos em ver uma formiga no nariz dos outros, mas tem dificuldade em ver um elefante a vossa frente .
        Principal mal não digo, mas certamente teve a sua quota parte de danos para a situação a que nos encontramos hoje. 34 anos de dança PS/PSD será outra. Portugal ser ocupado maioritáriamente por portugueses será ainda outra. Ainda deve haver mais umas quantas, mas já não me vem mais nada à ideia, hoje tá calor .

        Comentário


          Originalmente Colocado por OneLife Ver Post
          Os conhecimentos económicos do Nthor são assustadores... (mesmo!)


          E sobre o tema, tens algo de útil a acrescentar?

          Comentário


            Originalmente Colocado por Nthor Ver Post


            E sobre o tema, tens algo de útil a acrescentar?
            Não preciso de dizer nada. O Prof. Medina Carreira diz tudo o que interessa.

            Comentário


              Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
              Por acaso também não.

              Ele limita-se a ser populista, diz algumas coisas com sentido, mas que nunca fez como ministro, diz o que malta quer ouvir, mas na generalidade, o que defende é mais do mesmo que nos conduziu ao longo deste caminho, caminho que ele ajudou a traçar.

              Valor teria ele se, em vez de repetir velhas formulas e conversa populista, defendesse o que de facto é preciso mudar na economia nacional.

              Mas isso já não lhe interessa muito...
              Populista?Então ele diz que as medidas fiscais são uma treta, porque primeiro era preciso decidir quem é rico, e depois os ricos não tem cá as suas contas cheias de dinheiro, e que tirar 100€ a um rico pa dar 10€ a cada pobre não resolve nada, mas para ir a todos os pobres teria de ser uma descida de iva,porque os ricos não gastam o ordenado inteiro logo não tem iva sobre o seu ordenado inteiro, um pobre tem iva sobre o ordenado que ás vezes não chega,e chamas a isto populista?

              Comentário


                Originalmente Colocado por OneLife Ver Post
                Não preciso de dizer nada. O Prof. Medina Carreira diz tudo o que interessa.
                Pois.

                O resto é muito chato e ele até diz coisas giras....

                Comentário


                  Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                  Populista?Então ele diz que as medidas fiscais são uma treta, porque primeiro era preciso decidir quem é rico, e depois os ricos não tem cá as suas contas cheias de dinheiro, e que tirar 100€ a um rico pa dar 10€ a cada pobre não resolve nada, mas para ir a todos os pobres teria de ser uma descida de iva,porque os ricos não gastam o ordenado inteiro logo não tem iva sobre o seu ordenado inteiro, um pobre tem iva sobre o ordenado que ás vezes não chega,e chamas a isto populista?
                  Sim.

                  Repara numa coisa, se se aumentasse os impostos aos ricos o que achas que eles fariam? O que farias tu num país onde quem pode faz o que quer impunemente?

                  As medidas fiscais serão sempre uma treta enquanto não houver fiscalização e penalizações a serio para quem foge, enquanto o sistema fiscal for desigual e injusto para quem trabalha, enquanto o estado aumentar a despesa publica com megalomanias e vencimentos de boys, sem no entanto abrir concursos para onde fazem falta pessoas, nomeadamente para os Impostos e para a Justiça (é até conveniente que tais serviços não tenham pessoas suficientes) tens o exemplo do tópico do lado, temos um problema urgentíssimo com a educação por resolver, mas a propaganda eleitoral diz que está tudo bem, pois todas as crianças estão a aprender Inglês (ainda que mais tarde não tenham lugar no mercado de trabalho).

                  Portanto falar nisso é apenas populismo, resolver, ele nunca resolveu e até está contra as medidas que poderiam resolver essa questão.

                  Tal como um sistema educativo realmente exigente e aberto a todos, nós neste momento temos o resultado de um sistema de ensino projectado para criar só gente para trabalho pouco qualificado e pouco especializado.

                  Ele inste que devemos formar mais canalizadores, mais pedreiros, mais gente para um mercado de trabalho que já não existe, nós precisamos de engenheiros e cientistas, gente que saiba pensar e trabalhar e consequentemente de um sistema de ensino adequado não de um de canudo à moda das novas oportunidades.

                  Usar velhos dogmas, velhas teorias económicas, como o baixar de vencimentos e velhas politicas, deu o actual resultado.

                  Insistir nelas será ainda pior.

                  Comentário


                    Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                    Sim.

                    Repara numa coisa, se se aumentasse os impostos aos ricos o que achas que eles fariam? O que farias tu num país onde quem pode faz o que quer impunemente?

                    As medidas fiscais serão sempre uma treta enquanto não houver fiscalização e penalizações a serio para quem foge, enquanto o sistema fiscal for desigual e injusto para quem trabalha, enquanto o estado aumentar a despesa publica com megalomanias e vencimentos de boys, sem no entanto abrir concursos para onde fazem falta pessoas, nomeadamente para os Impostos e para a Justiça (é até conveniente que tais serviços não tenham pessoas suficientes) tens o exemplo do tópico do lado, temos um problema urgentíssimo com a educação por resolver, mas a propaganda eleitoral diz que está tudo bem, pois todas as crianças estão a aprender Inglês (ainda que mais tarde não tenham lugar no mercado de trabalho).

                    Portanto falar nisso é apenas populismo, resolver, ele nunca resolveu e até está contra as medidas que poderiam resolver essa questão.

                    Tal como um sistema educativo realmente exigente e aberto a todos, nós neste momento temos o resultado de um sistema de ensino projectado para criar só gente para trabalho pouco qualificado e pouco especializado.

                    Ele inste que devemos formar mais canalizadores, mais pedreiros, mais gente para um mercado de trabalho que já não existe, nós precisamos de engenheiros e cientistas, gente que saiba pensar e trabalhar e consequentemente de um sistema de ensino adequado não de um de canudo à moda das novas oportunidades.

                    Usar velhos dogmas, velhas teorias económicas, como o baixar de vencimentos e velhas politicas, deu o actual resultado.

                    Insistir nelas será ainda pior.



                    HUN?mas ele é contra as mesmas medidas fiscais que tu exactamente pelas mesmas razões.Tens de ouvir melhor o que ele diz.

                    Mas nesta entrevista ele nem falou em educação, como ele disse e bem, enquanto não se resolver a parte financeira e económica, não vale a pena falar sobre os outros ministérios.

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                      HUN?mas ele é contra as mesmas medidas fiscais que tu exactamente pelas mesmas razões.Tens de ouvir melhor o que ele diz.

                      Mas nesta entrevista ele nem falou em educação, como ele disse e bem, enquanto não se resolver a parte financeira e económica, não vale a pena falar sobre os outros ministérios.
                      Pois, não falou nesta mas já falou e defende um modelo caduco.

                      A questão é que para se dar acesso a todos e ao mesmo tempo ter uma educação exigente é preciso investir, o estado, as empresas e as famílias.

                      Ora para as famílias poderem investir em educação tem de ter melhores salários e, melhor formação académica.

                      Para as empresas puderem pagar melhor, precisam de gente com melhor formação académica e de um estado a funcionar e a investir no futuro (educação e infraestruturas, sem ser tgv e estradas para a terra dos pais do ministro).

                      E o estado para poder investir tem de ter, políticos eleitos por cidadãos com uma maior formação académica, políticos com uma formação académica que lhes permita gerir um país com seriedade, um sistema de impostos a funcionar para garantir fundos para investir na educação, saúde, justiça e nas infraestruturas, essenciais ao desenvolvimento do país.

                      Mexer só na economia e nas finanças da forma que ele quer nunca deu resultado, porque sempre falhou o resto.

                      Comentário


                        [QUOTE=Nthor;1063068312]Pois, não falou nesta mas já falou e defende um modelo caduco.

                        A questão é que para se dar acesso a todos e ao mesmo tempo ter uma educação exigente é preciso investir, o estado, as empresas e as famílias.

                        Ora para as famílias poderem investir em educação tem de ter melhores salários e, melhor formação académica.

                        Para as empresas puderem pagar melhor, precisam de gente com melhor formação académica e de um estado a funcionar e a investir no futuro (educação e infraestruturas, sem ser tgv e estradas para a terra dos pais do ministro).
                        E o estado para poder investir tem de ter, políticos eleitos por cidadãos com uma maior formação académica, políticos com uma formação académica que lhes permita gerir um país com seriedade, um sistema de impostos a funcionar para garantir fundos para investir na educação, saúde, justiça e nas infraestruturas, essenciais ao desenvolvimento do país.

                        Mexer só na economia e nas finanças da forma que ele quer nunca deu resultado, porque sempre falhou o resto.[/QUOTE]

                        Comentário


                          Nthor, sinceramente, acho que estás a ver mal a coisa.
                          se reparares, estás a dizer o mesmo que todos.

                          agora, explicar o que e como, estás igual a todos, mais uma vez.

                          para haver educação para todos, é preciso haver guito. o mesmo se aplica á saúde, à justiça, etc.

                          a formula básica, aquela do banana, já sabemos qual é. agora de concreto...

                          que se faz para estimular as exportações? para estimular o investimento nacional e estrangeiro? para acabar com a corrupção? para acelerar a justiça?
                          e por aí por diante.

                          que fazer á classe politica, que quem leu o MEIN KAMPF, parece que está a ler um livro escrito ontem ( na parte em que o Hitler fala da classe politica da altura. que fazer a essa gente que só sabe viver de subsídios? que fazer, que fazer, que fazer...

                          não é tão fácil como parece, mas parece-me que sem resolver toda a situação económica/financeira/fiscal, não será possível partir para outras...

                          nesse aspecto, ele tem toda a razão! se quando lá esteve o não fez, provavelmente a desculpa é a mesma de sempre, outros tempos/outras vontades/outros problemas.

                          agora, acredito que se lhe pedissem ajuda como consultor, permitindo-lhe formar uma equipa, pelo menos poderíamos ver as suas propostas, coisa que hoje em dia ninguém tem.

                          Comentário


                            De receitas milagrosas e boas intenções está o Inferno cheio!!!!
                            É recorrente ver todo o Portugal a pôr todas as esperanças numa única pessoa como se essa pessoa fosse a solução de todos os nossos problemas!!!
                            Se queremos realmente mudar o país, temos de ser exigentes e mudar todos os dias uma coisa que NÓS mesmos fazemos mal: cuspir para o chão, deixar o carro a ocupar uma faixa de rodagem com os 4 piscas enquanto vou à farmácia, fugir aos impostos, fazer "habilidades"...pq é nestas pequenas coisas que se vê o avanço de um povo!

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                              De receitas milagrosas e boas intenções está o Inferno cheio!!!!
                              É recorrente ver todo o Portugal a pôr todas as esperanças numa única pessoa como se essa pessoa fosse a solução de todos os nossos problemas!!!
                              Se queremos realmente mudar o país, temos de ser exigentes e mudar todos os dias uma coisa que NÓS mesmos fazemos mal: cuspir para o chão, deixar o carro a ocupar uma faixa de rodagem com os 4 piscas enquanto vou à farmácia, fugir aos impostos, fazer "habilidades"...pq é nestas pequenas coisas que se vê o avanço de um povo!
                              Ora aí está! Mas isso não é fácil. Vícios imbutidos em cada um de nós portugueses durante séculos e querem acabar com eles duma hora pra outra? Missão impossível digo eu.

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                                De receitas milagrosas e boas intenções está o Inferno cheio!!!!
                                É recorrente ver todo o Portugal a pôr todas as esperanças numa única pessoa como se essa pessoa fosse a solução de todos os nossos problemas!!!
                                Se queremos realmente mudar o país, temos de ser exigentes e mudar todos os dias uma coisa que NÓS mesmos fazemos mal: cuspir para o chão, deixar o carro a ocupar uma faixa de rodagem com os 4 piscas enquanto vou à farmácia, fugir aos impostos, fazer "habilidades"...pq é nestas pequenas coisas que se vê o avanço de um povo!
                                é verdade, sim senhor!

                                mas a mim, já me doem as costas, e penso ter andado a fazer um bom serviço, tenho dois filhos, a mais velha, enquanto estudava, resolveu trabalhar também. para ela houve trabalho, para os milhares de subsidio-dependentes, nunca há. ele não tinha necessidade de tal, mas assim escolheu. o abono , acabou no dia seguinte, ´que é realmente um grande estimulo e um belo prémio..., ela não pode receber o abono, mas quem nunca nada faz e/ou fez, não falta dinheiro...

                                é contra isto que eu também estou, deviam acabar com os abonos e dar era os livros de graça, quem os estragasse, pagava ou ficava sem notas, por exemplo.

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por zombil Ver Post
                                  é verdade, sim senhor!

                                  mas a mim, já me doem as costas, e penso ter andado a fazer um bom serviço, tenho dois filhos, a mais velha, enquanto estudava, resolveu trabalhar também. para ela houve trabalho, para os milhares de subsidio-dependentes, nunca há. ele não tinha necessidade de tal, mas assim escolheu. o abono , acabou no dia seguinte, ´que é realmente um grande estimulo e um belo prémio..., ela não pode receber o abono, mas quem nunca nada faz e/ou fez, não falta dinheiro...

                                  é contra isto que eu também estou, deviam acabar com os abonos e dar era os livros de graça, quem os estragasse, pagava ou ficava sem notas, por exemplo.
                                  Dar não digo, mas porque não aluga-los? E quem os estragasse seria obrigado a pagar por um novo. Aí era um dois em um, faziam as famílias poupar na educação e segundo incutiam às crianças um sentido de responsabilidade e civismo, pois seriam responsaveis pelos livros bem como a educação dos seus colegas mais novos que provavelmente no ano a seguir irão utilizar os seus livros. Mas não... Magalhães é que são bons, especialmente para alguns venderem na candonga.

                                  Já agora parabens, não são muitos os putos de hoje em dia que não se importam de ir para trabalhadores-estudantes, como a tua filha mais velha o faz.

                                  Comentário


                                    Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                                    Ora aí está! Mas isso não é fácil. Vícios imbutidos em cada um de nós portugueses durante séculos e querem acabar com eles duma hora pra outra? Missão impossível digo eu.
                                    Estamos a chegar a um ponto de não retorno e acredito que o próprio progresso e a situação económica vão forçar muitas coisas a mudarem! Ou isso ou então as condições agravar-se-ão severamente e eu não estou a ver motins na rua e pilhagens nas lojas...
                                    Podem não acreditar nisto mas o mundo e claro está, Portugal, continuará a mudar e cada vez mais depressa. Daqui a 5-10 anos estou convicto que seremos um país muito diferente em certas coisas...principalmente devido a um grande projecto que irá nascer no Norte...

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                                      Estamos a chegar a um ponto de não retorno e acredito que o próprio progresso e a situação económica vão forçar muitas coisas a mudarem! Ou isso ou então as condições agravar-se-ão severamente e eu não estou a ver motins na rua e pilhagens nas lojas...
                                      Podem não acreditar nisto mas o mundo e claro está, Portugal, continuará a mudar e cada vez mais depressa. Daqui a 5-10 anos estou convicto que seremos um país muito diferente em certas coisas...principalmente devido a um grande projecto que irá nascer no Norte...
                                      Só mesmo por obrigação económica é que nós mudaremos, caso contrário podem armar a politiquice que quiserem que dificilmente mudarão os portugueses. Quanto às pilhagens veremos. Espero que não os haja, mas se houver fome não auguro nada de bom.

                                      Quanto às tuas previsões, espero que estejas certo pelo menos na parte boa. Se o sucesso desse projecto contagiasse o resto do país é que seria óptimo.

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                                        Estamos a chegar a um ponto de não retorno e acredito que o próprio progresso e a situação económica vão forçar muitas coisas a mudarem! Ou isso ou então as condições agravar-se-ão severamente e eu não estou a ver motins na rua e pilhagens nas lojas...
                                        Podem não acreditar nisto mas o mundo e claro está, Portugal, continuará a mudar e cada vez mais depressa. Daqui a 5-10 anos estou convicto que seremos um país muito diferente em certas coisas...principalmente devido a um grande projecto que irá nascer no Norte...
                                        E qual é esse projecto?

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por Bj40 Ver Post
                                          E qual é esse projecto?
                                          16 de Setembro, +/- 1 dia...

                                          Comentário


                                            Vale a pena ler!

                                            Entrevista com Medina Carreira
                                            'Isto parece o Estado Novo'

                                            Depois do caso TVI, Medina Carreira sente-se no estado novo, de Salazar e Caetano. Num novo livro, arrasa a classe política e dá as suas soluções para 'endireitar o País'. Dêem-lhe hora e meia de televisão, em canal aberto, que ele promete 'virar muita gente do avesso'...

                                            Filipe Luís
                                            10:40 Quinta-feira, 10 de Set de 2009


                                            Medina Carreira
                                            José Carlos Carvalho


                                            Aos 78 anos, Henrique Medina Carreira é um dos mais lúcidos observadores da realidade portuguesa. Como consegue manter o cérebro tão oxigenado? "Trabalhando, lendo, escrevendo e zaragateando", responde. Ora aí está uma receita original de um neto de um democrata republicano opositor de Salazar - Jacinto Medina - e filho de um historiador, António Barbosa Carreira. Tanto o pai como a mãe Carmen, eram de Cabo Verde e Henrique viveu a sua infância na Guiné-Bissau. Bacharel em Engenharia Mecânica, advogado, professor, considera-se "um jurista que sabe fazer contas". É um dissidente do PS, tendo sido ministro das Finanças no I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares. E, sob a forma de uma longa entrevista, assina, com o jornalista Eduardo Dâmaso, o livro Portugal que futuro - o tempo das mudanças inadiáveis, a lançar no próximo dia 14, e onde é tão cáustico sobre o estado do País e tão cruel para com a classe política como nas célebres entrevistas na SIC Notícias.
                                            Nasceu em Bissau. Os seus pais viviam lá?
                                            Sim. Ambos eram de Cabo Verde, o meu pai da Ilha do Fogo, a minha mãe da Brava. Conheceram-se e casaram lá. Fiz a instrução primária em Bissau.
                                            Manteve alguma espécie de ligação á Guiné? Tem boas recordações?Excelentes recordações. Mas não mantive a ligação. Voltei lá aos 20 anos, depois de ter saído do Instituto dos Pupilos do Exército. Um ano e tal. Depois voltei, para ficar.
                                            Como recorda a Guiné?
                                            Uma terra excelente, onde se vivia com grande tranquilidade. Na escola andávamos todos juntos, brancos, pretos, descalços, calçados... Aliás poucos tinham sapatos. Dez anos muito bons.
                                            Veio para Lisboa aos 10 anos, portanto.
                                            Sim e entrei para os Pupilos, onde estive nove anos, interno. Fiz lá dois cursos, o curso Industrial e o curso médio de Engenharia.
                                            A vida militar nunca o seduziu?
                                            Vida militar era a que nós tínhamos...
                                            Parece que era um bom jogador de futebol...
                                            Sim, jogava futebol. Era guarda-redes. Jogava futebol no Inverno, remava na Pirmavera e fazia atletismo no verão. Sempre a praticar desporto.
                                            Tem algum clube da sua preferência?
                                            Sou benfiquista. Era o sócio 15148. Mas deixei de ser sócio, depois de me aborrecer com aquelas má-criações indecorosas... mandei-os à fava!
                                            Gosta de ler, para além da área da Política e da Economia?
                                            Já não leio ficção. Mas gosto muito de biografias. Estou agora a ler o último livro do Vasco Pulido Valente, Portugal - ensaios de História e de Política e um da Fátima Bonifácio. Biografias e politiquice. Mas poucos jornais...
                                            Não tem netos...
                                            Não, mas tenho pena. Às vezes sinto falta de um, aqui, às cavalitas...
                                            Mas atendendo ao que diz do País, não é muito prudente pôr uma criança neste mundo...
                                            Se os pais tiverem juízo, vale a pena. Eu, se fosse pai, tentaria que o meu filho aprendesse qualquer coisa, nem que fosse para sapateiro. E que falasse bem Inglês e uma das línguas que farão falta no futuro: russo, chinês ou árabe. Toda a influência do mundo vai passar para esses países.
                                            O senhor dá a ideia de ser uma pessoa disciplinada e disciplinadora. Tem a ver com essa sua formação, nos Pupilos?
                                            Tem a ver com o meu pai, que era um educador a sério, exigente. A escola militar terá tido a sua influência mas eu sou também um homem de ordem. Tenho muita ordem na cabeça e pouca ordem nas mãos...
                                            Entretanto, saiu, foi à Guiné e voltou. Veio para Portugal fazer o quê?
                                            A escolha era entre ir para o Técnico ou não. Como não me apetecia, estava mais virado para as questões sociais, queria ir para Economia. Mas não tinha forma de ir, porque era da área de engenharia. E como admitia ter de fazer uma parte dos estudos a trabalhar, inclinei-me para Direito, que era mais compatível. Só que, vindo do ramo de Engenharia, não dava para ir para Direito. (Fazia confusão ao dr. Salazar...) Andei então para trás. Fui a Coimbra fazer um curso de Ciências Pedagógicas (CP), que me permitia saltar para qualquer curso.
                                            Quanto tempo?
                                            Um ano, cinco cadeiras. Mas saú então um decreto a dizer que os de CP não podiam, afinal, inscrever-se em qualquer curso...
                                            E o que fez?
                                            Fui ao Ministério da Educação e arranjei logo uma questiúncula. Estava lá um padre, que foi atendido primeiro do que eu, não achei bem, enfim...
                                            Tem alguma crença religiosa?
                                            Não, sou agnóstico. Já o meu pai era. A minha mãe é que era católica.
                                            Voltando ao Ministério da Educação...
                                            Disseram-me que tinha de fazer o liceu todo, se quisesse ir para Direito. Bom, foi um regateio. Eu que já dava aulas de matemática ao 5.° ano, não fazia sentido. Só me dispensaram do 1.° ciclo. Veja lá a diferença: não era como hoje, que é assim: "Tome lá um diploma e um abraço do primeiro-ministro, você é um tipo bestial..." Bem, matriculei-me e fiz o liceu. Ao mesmo tempo que trabalhava no Barreiro. Fiz a secção de Letras do 5.°, num ano, de Ciências, no outro e a alínea de Direito no terceiro.
                                            Casou com que idade?
                                            Com 23 anos. Acabei o tal liceu aos 26 anos, no Liceu Camões. Dava aulas, fui empregado de escritório e técnico fabril.
                                            No Barreiro...
                                            No Barreiro. Era chefe do sector da produção de aço.
                                            Para isso tinha de ter ordem nas mãos...
                                            Para desenho e essas coisas tive sempre muito jeito. Finalmente, acabei Direito com 31 anos, comecei a advogar, etc..
                                            Mas ainda foi para o ISEG.
                                            Sim, o então ISE, para tirar Economia. Mas já era advogado, tinha muito trabalho e acabei por não completar.
                                            Herdou do seu pai, que foi historiador, o sentido da História, na sua observação do País?
                                            Herdei, sobretudo, o sentido do rigor, da disciplina, da honra, da fidelidade à palavra e o desinteresse pelo dinheiro. A coisa que me custa mais é discutir dinheiro.
                                            Que percepção é que tinha, em jovem adulto, do Estado Novo?
                                            A República teve de chamar o Salazar. Tinha de ser aquele ou outro qualquer. Até 1945 não era fácil ter feito muito melhor. Mas, a partir da guerra, percebi que o Salazar estava fora do tempo.
                                            Mas já tinha alguma vocação, ou actividade política?
                                            Actividade, não. Mas sempre tive muito interesse pela política. Enfim, estive na greve de 1962, embora mais velho que os meus colegas.
                                            Com 27 anos, como viu a candidatura de Humberto Delgado?
                                            Viu-se que o regime ia descambar. Mas o desmoronamento foi em 1960, 1961. E eu vejo hoje Portugal a desmoronar-se de forma parecida: sem norte, sem chefia esclarecida, sem elasticidade, sem capacidade de adaptação... Sinto hoje um Portugal tão trémulo como nos últimos dez anos do Estado Novo.
                                            O 25 de Abril apanha-o com 42 anos. E motiva a sua intervenção política?Eu entrei para o PS antes do 25 de Abril, pela mão do meu colega e amigo José Magalhães Godinho, em 1973. Já conhecia o Mário Soares. Havia, na Baixa, um restaurante, com uma mesa sempre reservada para os advogados, e parávamos lá os que não concordavam com o regime. E foi lá que conheci o Soares. Voltei a vê-lo quando o fui esperar a Santa Apolónia, incógnito, no meio de milhares de pessoas,.
                                            Mas o senhor alguma vez foi socialista? Quem o ouve hoje...
                                            Aquele socialismo, que era viável naquele tempo, não é viável hoje. Esse é que é o problema. Hoje, é uma burla.
                                            Entrou, então, no VI Governo provisório, de Pinheiro de Azevedo, para sub-secretário de Estado do Orçamento. Num período completamente convulsivo...
                                            Eu entrei em Outubro, a pedido do Salgado Zenha, que não tinha ninguém para tratar dos impostos...
                                            Zenha que era o seu ministro das Finanças, apesar de ter dito que não percebia nada de Finanças...
                                            Não percebia nada daquilo, coitado, mas tinha uma boa cabeça. E era um homem honrado. E tinha uma grande equipa. O Artur Santos Silva, o Vítor Constâncio, o António Sousa Gomes, o Sousa Franco, a Manuela Morgado... A equipa de ouro, como se chamava. Fui eu - ninguém sabe, mas já agora, conto-lhe - quem propôs cadeia para a fraude fiscal. Que não havia.
                                            E quantas pessoas foram presas até hoje?
                                            (Risos) Talvez um desgraçado, um tal Viola, ou lá quem foi, por descuido. A partir desse momento eu percebi que isto não vai longe. Nunca irá para a cadeia nenhum trafulha por razões fiscais...
                                            E como encontrou o Ministério das Finanças, naquela época?
                                            A primeira vez que lá entrei era só gente, muita gente nos corredores, uma grande confusão... À porta do ministro havia uma espécie de caixote de sabão, com uma máquina de café. Um contínuo numa secretária de torcidos e tremidos, um tampo de vidro todo partido e, em cima, as imagens de umas senhoras ligeiramente despidas... Foi o meu baptismo.
                                            No I Governo de Mário Soares, vai a ministro.
                                            Um dia, o Zenha manda-me chamar. No gabinete dele estava o Soares. 'Você não quer ir almoçar connosco?' Fomos a uma tasquinha, em Belém, eu, o Sousa Gomes, o Zenha e o Soares. Eu estava a arrumar a minha trouxa para abandonar o ministério, tinha havido eleições ia formar-se o I Governo Constitucional. O almoço era para me convidarem para ir para ministro das Finanças. Olhe, o meu pai não gostava de política. A minha mulher via isto com muito maus olhos. Mas aquilo da política era, na altura, uma espécie de serviço militar obrigatório. E lá aceitei. Até hoje, ainda perco dinheiro com a política!
                                            Ficou como tendo sido o artífice da negociação com o FMI...
                                            Mas não é verdade. Quem esteve nisso foi depois o Vítor Constâncio e o Silva Lopes. Eu nem concordava com o acordo com o FMI. Aliás, vi logo que estava mal no Governo, porque não conseguia fazer a minha política, ninguém concordava comigo.
                                            Mais tarde, Soares teve de dar carta branca ao Ernâni Lopes...
                                            Pois, mas aí, o Soares já era outro, já tinha percebido a importância das finanças e estava apertado... E o Ernâni fez um grande lugar.
                                            O senhor sai do PS em 1978...
                                            Sim, em ruptura contra o chumbo, na AR, do Governo do Nobre da Costa. Depois, por influência do Mário Soares e do Almeida Santos, voltei, em 1983. Mas saí de novo, em 2000, ou 2001, por causa daquela trafulhice da reforma do património, no tempo do Guterres. Percebi que aquele partido era dirigido por gente sem palavra e eu não me dou com gente sem palavra.
                                            Como se vê nas suas intervenções, e neste novo livro, continua zangado - e um pessimista inveterado.
                                            Sou um pessimista sob condição. Se continuarmos com estas instituições a funcionar tal como estão, os dirigentes políticos que para aí andam e mais o seus acólitos, que vivem da política, eu sou um imenso pessimista.
                                            Mas como não se vê grande alternativa é mesmo um...
                                            ...Pessimista! Mas imagine que aparece uma pessoa, com uma ideia política...
                                            Um homem providencial?
                                            Deus me livre! Não, um homem preparado...
                                            Ou uma mulher...
                                            Ou uma mulher, claro. Se calhar, até prefiro uma mulher. Mas que tenha uma profissão e preparação. O mal é que grande parte dos nossos políticos não tem preparação.
                                            Os políticos profissionais também estão no poder noutros países da União, que estão melhor que nós...
                                            Sim, é essa a diferença. Nós somos mais pobres e estamos a ficar ainda mais pobres, em relação à Europa.
                                            Mas mais ricos do que éramos antes, não?
                                            Trinta anos depois, tínhamos de estar um bocadinho, com qualquer regime, até com o Salazar. Mas a verdade é que nos abrimos à Europa como tínhamos de abrir, fizemos algumas coisas meritórias, mas há muito da nossa vida que é uma aparência. Daqui a cinco anos, o meu amigo pode estar a dever, sem dar por isso, 42 mil euros ao estrangeiro, quando, em 2000, devia 4 mil. Há uma parte da nossa vida que é ficção.
                                            Mas todos os países estão endividados... Qual é o endividamento dos EUA?
                                            Não compare. Os EUA têm moeda própria e, logo aí, têm um instrumento...
                                            Mas o nosso problema foi a adesão ao Euro?
                                            Nada disso, eu concordei com a adesão. Mas isso introduziu um grau de rigidez na nossa competitividade que nos está a matar.
                                            Então foi mau...
                                            Não foi mau. Teríamos é de fazer coisas que não fizemos, depois da adesão. Aderimos bem. Mas temos vindo competitividade, que é a capacidade de vender os nossos produtos. Dantes, disfarçava-se com o facto de termos uma moeda própria. Fazia-se a desvalorização. Lembro-me de uma sexta-feira, era eu ministro das Finanças, fui à RTP anunciar uma desvalorização de 15 por cento. Na segunda-feira seguinte, aquilo que comprávamos ficou 15% mais caro. E o que vendíamos, 15% mais barato. Ao perder o instrumento de manobra cambial introduzimos uma rigidez a que os políticos não ligaram suficientemente. Diz que eu estou pessimista? Olhe, no outro dia, depois de ter ido à SIC, houve um grande economista que me ligou e me disse: "A única coisa em que discordo de si é que eu estou um bocado mais preocupado..."
                                            Mas o senhor já fazia previsões catastróficas há dez ou 15 anos. Nesta altura Portugal já não devia existir. O que correu menos mal?Catastróficas, não! O que eu digo - e se calhar, essa mensagem não passa - não é para "amanhã". A sociedade portuguesa está viciada em falar "ontem" para "amanhã". Ora, a direcção que o nosso País leva não se mede entre dois centímetros, mas em dois metros. E se vir como estávamos em 2000 e como estaremos em 2010, verá. A longo prazo, anda não errei nada! Em 1995 escrevi um livro sobre políticas sociais. E disse que era absolutamente necessária uma reforma da Segurança Social antes do séc XXI. Ela só se fez agora, em 2006... Este ministro fazia parte da equipa que engonhou aquilo tudo. Disseram ao Guterres que isto estava garantido até ao fim do séc. XXI! Quem percebe isto dez anos depois, não deve ser ministro!
                                            Mas olhe que os economistas falham muito nas suas previsões. Viu-se na crise e está a ver-se nas previsões sobre a retoma...
                                            O problema é diferente. Temos de olhar para os gráficos. Para a evolução da nossa Economia. A tendência de estagnação e empobrecimento. É perante esta tendência que eu digo "cuidado". Porque, ao mesmo tempo que temos uma economia menos produtiva, temos um estado que exige cada vez mais meios para sustentar os seus compromissos sociais! E a despesa social está a crescer três vezes mais do que a Economia!
                                            Mas num país em que as pessoas já passam tantas dificuldades, podemos prescindir das despesas sociais do Estado? Não seria ainda pior, para as pessoas?
                                            Mas isso não serve de nada! O senhor não pode fazer política social com dinheiro emprestado!
                                            Mas o senhor, que já critica tanto os serviços públicos, o que diria se o Estado fechasse ainda mais a torneira?
                                            Eu não critico os serviço públicos por uma questão de falta de dinheiro. Critico, por exemplo a Educação, que é uma vergonha e um crime que os políticos estão a cometer. Critico o funcionamento da Justiça. A burocracia.
                                            Mas melhorou um pouco... hoje podemos pagar os nossos impostos pela internet, por exemplo... Não podemos estar sempre a dizer mal de tudo...
                                            Não quero subestimar essas coisas! Isso é óptimo! É um salto qualitativo dos serviços públicos! Mas isso não tem a ver com o sistema fiscal, que não está melhor. Está cada vez pior. Nesta área, o sistema legal está péssimo. O de execução melhorou muito, graças ao Paulo Macedo [ex-director-geral dos Impostos]. Mas o dos tribunais está, também, péssimo. As minhas críticas são de estrutura.
                                            Se lhe pedissem que lhe salvasse as Finanças do País, faria um discurso similar ao de Salazar, quando lhe pediram o mesmo? É que o diagnóstico que faz do estado do País é idêntico ao que ele fazia...
                                            Há uma parte do diagnóstico que é parecido. Nós chegamos a um ponto em que gastamos muito mais do que aquilo que fazemos. O contexto do Salazar era muito próprio. Quando foi convidado, a primeira vez, esteve cá cinco dias. Percebeu quem era aquela gente. Mas em 1928 estávamos estrangulados. E o Salazar vinha escrevendo que isto só tinha uma solução, mexer no Orçamento. Com os empréstimos externos cortados, tiveram de ir buscá-lo. Portanto, isto dá-nos uma lição: ou percebemos a tempo a nossa doença, ou um dia teremos um Salazar.
                                            Então, é de uma pessoa dessas que está à espera.
                                            Não, não estou à espera. É verdade que ele, entre 1928 e 1945, tirando as tropelias politiqueiras, foi o tipo de que o País precisou. Mas a desgraça recomeça em 1945. E, a partir de 1960, foi o fim. Nós, hoje, para mantermos uma política orçamental, mantendo as despesas sociais, temos de arranjar outra economia. E temos de reduzir as despesas.
                                            Despesas sociais?
                                            Inevitavelmente, algumas. Só o dinheiro que a malta recebe do Estado leva 78% do bolo... A única coisa que podemos fazer é fazer com que a Economia dê mais dinheiro. Senão, temos de reduzir despesas, a doer.
                                            Compara muito estes tempos com o estertor final da monarquia. Em que havia, se descontarmos a efémera ditadura de João Franco, dois partidos, esgotados e corruptos, que se alternavam no Poder - os progressistas e os regeneradores. Como o PS e o PSD de hoje?
                                            Esta democracia não funciona. Os partidos fecharam-se porque não querem gente de qualidade lá dentro.
                                            Ou é a gente de qualidade que não quer ir para os partidos?
                                            Talvez, também. Mas é mais provável a primeira hipótese. Os partidos tomaram conta do dinheirito e as pessoas lá dentro esgatanharam-se para disputar a mesa do Orçamento. E o pessoal de qualidade está a governar-se por fora. O que tem a ver com as grandes obras que este Governo quer fazer, para dar dinheiro a ganhar a alguém. Estes projectos são criminosos.
                                            O TGV, o novo aeroporto...
                                            Todas essas porcarias! Não são absolutamente essenciais, em primeiro lugar. E precisamos é de um Governo que crie as condições para atrair investimento estrangeiro e interno.
                                            Mas um País sem produtos naturais, petróleo, diamantes, etc., o que deve fazer para enriquecer? Que clusters deve explorar?
                                            Não me interessam os clusters. Preciso é de ter um conjunto de condições que atraiam investimentos. externos e internos.
                                            Os internos... enfim, há quem diga que os nossos empresários são tão fracos como o próprio país...
                                            Costumamos dizer quer os empresários são sempre incompetentes, os advogados uns gatunos, etc... Tudo isso tem uma parcela de verdade, todos nós temos uma certa rasquice incorporada... Temos que viver com ela. Mas não estamos cingidos aos empresários nacionais. Temos é de arranjar condições para que quem queira investir, invista. Essa coisa dos clusters é tudo conversa. Numa economia de mercado é o investidor que escolhe.
                                            Mas num País sem recursos, o Estado tem de revelar alguma imaginação para estimular isso...
                                            O Estado tem de ter caco: os tribunais a funcionar bem e impedir que só haja imbecis a sair da escola. Isto é que são funções do Estado. A sua é escrever, a minha papaguear e a dos empresários investir! E eles investirão, se ganharem dinheiro. Ora, com o sistema de Justiça, a funcionar como funciona, o sistema fiscal também, e a corrupção a alastrar, ninguém vem para cá. Se o Estado fizer isto bem feito - e não é pouco - já actuará bem.
                                            Mas a deslocalização do investimento não afecta só Portugal. Também afecta os nossos parceiros, onde há mais protecção aos trabalhadores.
                                            Os governos têm de dizer: 'Meus senhores, ou querem os empregos e passam a ganhar menos, ou querem mais dinheiro e não há tantos empregos'. As pessoas podem optar - e a democracia é isto. O País pode dizer: ' Ah, então antes queremos ser pobrezinhos, enrascados, passar o tempo na praia a apanhar sol' e tal. Pronto, então tudo bem. Ou então as pessoas querem viver melhor - e a malta quer viver melhor, coitada! E com toda a legitimidade.
                                            Há uma ideia sua, neste livro, em que lembra que outros, na Ásia, ganham menos, não têm contratos vinculativos nem poder reivindicativo, nem são defendidos por organizações sindicais. E o senhor acha isto bem?
                                            Eu não acho bem!
                                            Mas quer que se faça igual!
                                            Não. O que eu digo é que se o senhor não tiver nada, nenhum trabalho e, portanto, nenhum rendimento, como é que vive?
                                            Temos de optar pelo mal menor?
                                            O que eu digo é que as pessoas, ou o Governo, não fazem a mínima ideia do mundo em que vivem.
                                            Mas uma das soluções é pôr o País a funcionar, em termos laborais, como a Ásia...
                                            Não é como a Ásia! Os outros países da Europa funcionam!
                                            Mas estão com problemas similares aos nossos, desse ponto de vista do emprego...
                                            Mas já viu populações ricas num país pobre, que não produz? Isso é que nunca existe.
                                            E nos programas eleitorais, viu alguma proposta que o entusiasmasse?
                                            Não. Os programas eleitorais, com a dimensão que têm, são uma falcatrua.
                                            O do PSD é mais sintético.
                                            Está bem, mas tenho ouvido o que a dra. Manuela Ferreira Leite tem dito e chega-me. Os programas são uma burla. Feitos para ninguém ler. São como as apólices de seguro: feitos para o eleitor nunca ter razão. Estão a fazer do pagode idiotas chapados.
                                            Mas o CDS propõe baixa de impostos, o PSD quer acabar com o pagamento especial por conta... coisas que o senhor também defende.
                                            O CDS não percebeu que diminuindo os impostos, o Estado tem um défice maior.
                                            Mas o senhor também defende essa baixa, neste livro.
                                            Mas quando for viável.
                                            Mas isso é o que diz a líder do PSD!
                                            Está bem. Mas neste momento não é possível nem vai ser tão cedo.
                                            Nem para atrair o tal investimento estrangeiro?
                                            Isso é outra coisa. Se fizermos as contas e tivermos a certeza de que resulta, então sim, é um toma lá dá cá. Mas dar borlas para depois eles não virem para cá, isso não. Se a Economia não mudar, os problemas financeiros agravam-se, os problemas sociais também e os políticos. A economia é o suspensório.
                                            O senhor preconiza um governo de iniciativa presidencial com dirigentes que venham das profissões...
                                            ... Ou dos partidos.
                                            Mas isso é fazer tábua rasa de eleições.
                                            Não é. Claro que os partidos teriam de concordar com esta solução transitória, para poderem fazer uma limpeza, renovar-se. A ideia era atirar para outra entidade a solução que os partidos não encontram.
                                            Mas tanto Guterres como Sócrates foram buscar independentes e pessoas vindas, por exemplo da Academia.
                                            Essas coisas, normalmente, são para apanhar uns oportunistas. Têm sido uns pára-quedistas.
                                            Mas veja o prof. Sousa Franco, por exemplo. Um académico, que não era aparatchik de nenhum partido. Ou no Governo Sócrates, que também teve figuras com este perfil. E as coisas não mudaram muito...
                                            Veja: no Governo Sócrates, o Campos e Cunha saiu quatro meses depois. Porquê?
                                            Mas como avalia o desempenho do seu sucessor, Teixeira dos Santos?Avaliei positivamente até ao momento, há um ano e meio, dois anos, em que ele também começou a ser politiqueiro.
                                            Mas um Governo de iniciativa presidencial tem mesmo pernas para andar?Não. Mas o que quero dizer é uma coisa parecida, alguém com o consenso do PS e do PSD.
                                            Um Bloco Central sem Bloco Central?
                                            Exactamente. Alguém a quem se confira um mandato de confiança.
                                            É quase um concurso público e a melhor oferta governava o País...
                                            Não, era dar a possibilidade de os partidos terem quatro ou cinco anos para se arrumarem e correrem com a escumalha que para lá anda.
                                            E se o País sair ingovernável das eleições? Cavaco - que o senhor apoiou - não deverá ter alternativas em cima da mesa?
                                            O que eu sei é que se nenhum partido tiver maioria, entramos num caminho em que o dinheiro que vem lá de fora vai acabar. O primeiro solavanco que teremos, já na próxima legislatura, será um problema de crédito externo.
                                            Mas se for tirar a um português de classe média o seu segundo carro, as férias em Cancoon e o pequeno-almoço fora todos os dias, porque ele que deve não sei quanto ao estrangeiro, como acha que ele lhe responde? Não dirá 'quero lá saber'?
                                            Se me derem uma hora e meia em televisão, em canal aberto, garanto que viro muita gente do avesso. Basta começar a falar na qualidade da educação e de onde isso nos levará.
                                            Mas, no seu tempo, a Educação tinha melhor qualidade? Com meio país analfabeto? E se tinha, como chegámos à situação actual?
                                            Lá está você a confundir! Para as pessoas aprenderem não era preciso estarem lá todos! O abandono escolar, quando é feito por aqueles que não andam lá a aprender nada, é uma coisa boa! Nem gastam dinheiro à gente nem chateiam os outros! Esta ideia imbecil da escola inclusiva serve para depositar dentro de quatro paredes uns tipos! Para que o eng.° Sócrates e a Maria de Lurdes Rodrigues lhes passem, depois, um papelucho! Um tipo com cabeça devia perguntar, olhando para o papelucho: 'E isto serve para limpar o quê?'
                                            Mas exagera um bocadinho. No seu tempo, em que a escola era tão "boa", havia 30 ou 40% de analfabetos. Hoje não há uma criança que não saiba aceder à internet. Não acha que melhorámos?
                                            Se a criança souber ler, escrever, ler, contar, pensar, expor, tudo bem. O Magalhães vai morrer por si próprio. As crianças escangalham aquilo tudo rapidamente ou vendem-no na Feira da Ladra...
                                            Mas os paradigmas do conhecimento mudaram, em relação ao seu tempo. É melhor ter computador do que não ter...
                                            Sim, mas as coisas têm o seu tempo. Eu prefiro que eles estudem a tabuada. O problema é que isto é dirigido por gente que apanhou uns diplomas. Se tivessem estudado 30 anos, como eu estudei... Esta gente, a Lurdes Rodrigues, o Sócrates, etc., são do tempo do diploma fácil... É como as Novas Oportunidades, uma trafulice que ptretende dar em seis meses formação que só pode adquirir-se em três anos. Os patrões não vão engolir isso, quando se tratar de empregar as pessoas. Os asiáticos estão a progredir porque exigem muito mais do sistema educativo.
                                            Mas alguma vez tivemos tanta gente qualificada como hoje, em Portugal?As elites são mais qualificadas do que no meu tempo. Mas o resto é muito pior. Eu deixei de ensinar, porque era um horror. Um dia encontrei um moço a quem perguntei: 'Mas, afinal, quando é que se vai embora? Quanto exames já fez comigo?' 'Fiz dez', disse ele. Quem quer estudar deve estudar. Quem não quer, mais vale fazer outra coisa. O que critico, no ensino inclusivo, é não dar alternativas na saída profissional, para quem não tem capacidade para chegar à universidade.
                                            .....

                                            Comentário


                                              Falou das eleites. No livro acusa os banqueiros, que se supunham fiáveis, de se mostrarem indignos de confiança. E aponta o dedo ao País. Mas isto não sucedeu, ainda com maior acuidade, nos outros países?
                                              Sabe que o Madoff já está atrás das grades. E os EUA são os EUA. E eles, enquanto tiverem uma moeda que é aceite em todo o mundo...
                                              Nós também temos...
                                              Não é bem nossa. Nós somos uns penduras que estamos lá. Mas os EUA têm a nota verde. Enquanto a tiverem, e o potencial de riqueza que têm, não tenha pena deles. Mas essa história dos banqueiros é completamente chocante. Eu não sou contra as altas remunerações para quem, realmente produz em conformidade. Mas, tirando um ou outro, os que estão na alta finança, e que vêm, muitas vezes, dos partidos, são uns aselhas como os outros. E estas pessoas ganhavam milhões por serem gestores geniais! E sérios!
                                              Neste livro, o senhor decreta o fim da social-democracia e do Estado social.
                                              Eu não decreto. A realidade é que decretou. Não há democracia válida se os países não tiverem sustentabilidade económica. Acha que temos uma democracia a sério? Olhe, eu queria uma democracia como esta: o senhor Olmert, primeiro-ministro de Israel, foi acusado de se ter abotoado com uns dinheiros. Vai ser julgado. O presidente da República envolveu-se num escândalo sexual. Foi despejado. O senhor Nixon fez aquela pantominice do Watergate e foi-se embora. Uma democracia tem de ter um sistema judicial que funcione. E em Portugal? É o Freeport, são os sobreiros, os submarinos, os bancos... Tudo! Em Portugal, o Poder não quer que a justiça funcione. porque isso lhe trará dissabores.
                                              Mas voltemos ao Estado social e à social-democracia...
                                              A social-democracia tenta igualar o mais possível a dstribuição de riqueza e desenvolver um conjunto de mecanismos que protege as pessoas em dificuldades. Foi um óptimo sistema enquanto houve dinheiro. E havia poucos reformados, e os estados tinham política económica. Agora, os estados receberam o passivo das políticas sociais, mas não os aspectos positivos: riqueza, pleno emprego, etc.. Se desapareceram os alicerces do Estado social, este passou a ser ficção. Estamos a fingir. Ou os políticos social-democratas repõem a economia, ou nada feito.
                                              Mas o senhor profere estas afirmações numa altura em que o neo-liberalismo falhou mais clamorosamente e as ideias do socialismo democrático parecem regressar...
                                              O que se passou foi o abuso da liberdade contratual.
                                              Por ineficácia do Estado como regulador...
                                              Exactamente! E eu não sou nada contra a intervenção do Estado! Mas a razão por que esta crise não me preocupou tanto como à maior parte das pessoas, foi porque, em 1929, os estados ficaram quietos. Desta vez, agiram.
                                              Mas agiram num sentido mais esquerdizante...
                                              Fizeram o que tiveram de fazer.
                                              O que nos remete para o regresso ao papel do Estado social...
                                              Pois, mas isso é um regresso de um instrumento da social democracia, não da social-democracia.
                                              Mas o senhor professor não indica, neste livro, uma alternativa válida a esse sistema de Estado social a que as pessoas se habituaram a viver.
                                              Não há ainda alternativa. Estamos a caminhar para qualquer coisa que ainda não é bem definida, tal como a internacionalização da Economia não é ainda clara. Estamos numa nublosa e ninguém sabe qual é a ideologia que vem a seguir. O que eu digo é que terá de ser conforme as novas circunstâncias.
                                              À luz destas reflexões, o que pensa das políticas de Barack Obama?
                                              Eu sou suspeito porque tenho por ele grande admiração.
                                              Ele está a gastar mais com políticas sociais.
                                              Mas eu estou de acordo com ele. Nomeadamente no que diz respeito á reforma na Saúde.
                                              Mas então está a entrar em contradição com as suas próprias convicções...
                                              Não. Nós temos é de ter um Estado social de dimensão conforme com a Economia. E os EUA têm ainda muito poucos encargos sociais e uma carga fiscal muito baixa. Em Portugal, temos de talhar o fato a partir daquilo que a Economia render. Mas temos de ter um Serviço Nacional de Saúde e Educação pública de qualidade.
                                              Diz, no, livro, que entrámos no período de maior decadência depois do 25 de Abril. Mais do que no PREC ou os tempos de quase banca rota do início da década de 80?!
                                              São contextos diferentes. Agora estamos em velocidade de cruzeiro, e não sob perturbações políticas decorrentes da revolução. E é com ese critério que eu defendo essa tese.
                                              O que achou desta polémica sobre a TVI?
                                              Senti-me a viver no Estado Novo. Não me lembro de nada tão estranho, em democracia. Primeiro tentam comprar a estação. Depois desistem. Depois correm com um tipo. Depois alguém telefona de Espanha... Bem, eu, como desconfiei sempre do Estado Novo, também desconfio disto.
                                              O senhor professor vai votar?
                                              Não sei, é uma angústia que tenho. Ainda não decidi nada. Mas estou com muito medo dos próximos quatro anos.

                                              Isto parece o Estado Novo - Visao.pt

                                              Comentário


                                                Por vezes penso que sou um pouco o tal “velho do Restelo” por ter uma visão pessimista do futuro e de descrédito total face ao poder político. Mas cada vez que surgem as palavras de Medina Carreira, sinto que realmente algo de mal se passa e que as pessoas deveriam dar-lhe mais atenção.
                                                Eu, como não sou essa ilustre figura, limito-me a mostrar a minha opinião através de metáforas e imagens. Aí vai mais uma opinião minha (desculpem o testamento).
                                                O JOGO DAS DIFERENÇAS

                                                Ditaduras da América Latina
                                                (baseado num documentário do NGC)
                                                No passado, a discriminação abriu as portas a líderes autoritários e ditadores. Subiram ao poder acolhidos pelo povo como heróis e salvadores da pátria. Pouco tempo depois de assumirem o poder, começaram as perseguições aos críticos e às organizações sindicais, e a coação dos partidos e dos meios de comunicação social. A máquina da propaganda controlava e manipulava a informação. Posteriormente, os cidadãos eram incitados a denunciar quem tinha opinião diferente do governo. Começava-se a sentir que o estado estava sempre a vigiar os cidadãos. Os políticos moldavam a lei em proveito próprio. O poder absoluto tinha-os corrompido. Pareciam governar o país para o seu próprio benefício.

                                                As pessoas não confiavam nos políticos, na justiça, na polícia, na informação, no sistema, em ninguém. O medo de falar abertamente tomava conta da liberdade de expressão.
                                                Não sentiam que estas instituições as protegiam nem que tratavam toda a gente da mesma forma. Também sentiam que poucos beneficiavam à custa de muitos. A pobreza e o desemprego aumentavam. As populações então questionavam-se:
                                                Como chegámos a este ponto? Porque volta a surgir o autoritarismo no nosso país?

                                                Isto aconteceu anteriormente e poderá estar a acontecer de novo, mas de forma mais subtil, subjugando as populações. São já exemplos disso, Chavez – Venezuela (amigo do peito do PM), Daniel Ortega – Nicarágua, Evo Morales – Bolívia, Zelaya –Honduras,Raul Castro –Cuba e Dominica.
                                                Ao auto-denominarem-se de supremos, é revelador e diz-nos muito acerca de como se criam ditadores.
                                                Mas sabem o que fazem os ditadores para manterem o poder? Reprimem, oprimem e controlam. Depois, enquanto uns fogem, outros enfrentam o regime com muita coragem e outros estão/são silenciados.
                                                Portugal: presente
                                                (baseado em factos reais)
                                                No passado, abrimos as portas a ditadores. Subiram ao poder acolhidos pelo povo como heróis e salvadores da pátria.
                                                Isto aconteceu anteriormente, mas poderá estar a acontecer de novo de forma mais subtil, controlando as populações?
                                                Quando se persegue e tenta controlar pressionando os media é óbvio que estamos metidos num sarilho. Se se censura a imprensa e se persegue e coloca em tribunal diversos jornalistas e órgãos de comunicação social, ao mesmo tempo que se utilizam abusivamente os órgãos de comunicação social do estado, a liberdade de expressão começa a ser posta em causa.
                                                As sedes dos sindicatos são invadidas por forças policiais que fazem buscas, revistam, interrogam e apreendem documentos, levando a tribunal os seus líderes.
                                                Às administrações de instituições estatais são pedidas listagens com os nomes dos que utilizaram o direito à greve.
                                                Professores são “convidados” via e-mail a entregar os objectivos individuais sob pena de punição com processos disciplinares.
                                                A máquina da propaganda usa abusivamente crianças de tenra idade como figurantes para campanhas eleitorais do regime e promoção do Magalhães, sem consentimento nem conhecimento dos pais.
                                                Alunos são incitados a serem bufos; as crianças são encorajadas a serem delatoras dos seus próprios professores. A educação e mentalidade que o governo quer incutir nas crianças, é que é positivo que se denuncie.
                                                Docente bufo da DREC denuncia colega.
                                                Tribunal manda retirar nudez de “Magalhães” no Corso de Torres Vedras.
                                                O executivo passa por cima do parecer do chefe máximo da nação, o PR, fragilizando o seu poder, e mantendo autoridade de poder sobre este no caso do estatuto político-administrativo da Região Autónoma dos Açores.
                                                Somos o país da EU com maiores desigualdades entre os poucos muito ricos e os cada vez mais ainda mais pobres, com o fosso que os separa a aumentar.
                                                O encarecimento da justiça dificulta o seu acesso pelos que têm menos posses.
                                                A justiça para usufruto dos poderosos que injustamente saem impunes em todos os casos de que são acusados, muitas vezes usando-se de falhas do sistema derivadas de leis que os próprios legislaram em proveito próprio.
                                                Legalização descarada dos crimes de grande corrupção e enriquecimento ilícito.
                                                Sobrecarga de impostos sobre a população (aumentou 3,3% em 4 anos).
                                                Intermináveis casos de suspeitas de corrupção a serem investigados (desde conselheiros de estado, a ministros, passando por autarcas e grandes empresários).

                                                A maioria da população está descontente com o estado actual da democracia.
                                                Assiste-se a um duelo cada vez mais desigual entre “David e Golias” sendo que quem se opõe, sofre a força do poder (“a força do PS”4) que a sua posição totalitária lhe confere sob a forma de controlo e intimidação (pois “quem se mete com o PS, leva”4 – Ministro da “Propaganda”1). O barulho “ensurdecedor” da propaganda invade diariamente as nossas casas sob a forma de falsas promessas, mensagens subliminares, ameaças, censura, avisos e insultos, vindo de alguém que diz “gosto de malhar na oposição”1 abafando as obras que não se vêem feitas. «Perguntaram a uma árvore cheia de frutos: “Porque razão não fazes nenhum barulho?” Ela respondeu:” Os meus frutos são uma propaganda suficiente para mim”»2. Assim fizessem muitos e já teríamos visto os frutos do seu trabalho em lugar de só ouvirmos constantemente a sua voz.
                                                O poder absoluto corrompe absolutamente.

                                                Porque será tão familiar o primeiro texto? Se calhar, porque a diferença que o distingue do segundo não é assim tão grande como parece.
                                                “Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis”.3

                                                1(Espero também não “levar” ou ser censurado, por me permitir discordar e expressar em liberdade)
                                                2(Autor desconhecido)
                                                3(Chesterton, Gilbert)
                                                4(Citações)

                                                Comentário


                                                  Já li.

                                                  Lamentavelmente ele bate no peito, faz mea culpa e...

                                                  ...insiste nos mesmo erros.

                                                  Não é que o sr não tenha razão, tem-na de facto, mas sugere soluções dignas de um senhor feudal e o problema é termos enveredado por esse caminho logo no principio.




                                                  Tb devo dizer que adorei o método de escolha de ministro "Fomos a uma tasquinha, em Belém, eu, o Sousa Gomes, o Zenha e o Soares.".

                                                  Comentário


                                                    Impressiona-me a lucidez deste Senhor, fala e não falha em nada, por favor dêem-lhe a tal 1h30m de canal aberto e ponham no ar a meio de um Sporting-Benfica para garantir que mais de metade da população ouve o que tem para dizer.

                                                    Comentário


                                                      A partir de amanhã, sábado, Medina Carreira vai estar todas as semanas na SIC no novo programa de Mário Crespo, "Plano Inclinado", ao lado de João Duque e Nuno Crato. Em entrevista ao Expresso, fala de si e do futuro negro que traça para Portugal.

                                                      (...)
                                                      Em http://aeiou.expresso.pt/medina-carreira-tenho-este-trombone-mas-no-fundo-sou-um-doce=f545756

                                                      Comentário


                                                        [QUOTE]
                                                        Medina Carreira: agricultura é que nos vai tirar da crise


                                                        Para Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, só há uma solução para Portugal: «temos de investir nas batatas e nos legumes. Só através do investimento no sector primário e secundário, para exportar, conseguiremos sair da crise».

                                                        O antigo governante falou durante a apresentação do seu livro «Portugal que futuro» e foi, mais uma vez, crítico das políticas governativas. Para o economista vivemos num «ciclo de endividamento e défice crónico» e de onde só há uma saída possível: «aumentar a produção para criar riqueza».

                                                        Para isso é preciso «criar uma economia de mercado livre» e guardar «todo o dinheiro que nos emprestam» para combater o endividamento, em vez de o esbanjar.

                                                        «Neste momento, cada português deve 16 mil euros, mas daqui a cinco anos deverá muito mais», exemplificou o economista.
                                                        Situação do país é uma bomba-relógio

                                                        Opção contrária foi a tomada pelo actual Governo. Segundo o ex-ministro das Finanças, o programa do PS «não altera nada» de essencial. «Só aposta nas obras públicas. Com mais auto-estradas só vamos criar condições para fugir daqui».

                                                        «Outra preocupação é os homossexuais. Se andarmos preocupados com os homossexuais quando o país está a morrer, nem eles sobrevivem», ironizou o economista.

                                                        Neste sentido, Portugal «caminha para situação financeira cada vez mais desequilibrada», o que, «em certa medida, se torna numa bomba-relógio».

                                                        Ex-ministro apela a entendimento entre PS e PSD

                                                        Por isso, o economista alerta que «é preciso criar um entendimento entre os dois principais partidos políticos», embora considere que «nem os activos políticos nem os inactivos sabem alguma coisa».

                                                        Mas, Medina Carreira vai mais longe e põe em causa o futuro da democracia em Portugal. «Se os políticos continuarem a fazer política apenas para hoje e amanhã o regime republicano vai ter um fim muito desagradável».

                                                        Nessa óptica de descrença, o ex-governante afasta qualquer candidatura ao cargo de Presidente da República. «O Presidente hoje não tem poder para mudar nada. Pode dissolver a Assembleia da República mas é raro, pode dirigir mensagens ao Parlamento, mas o actual não o faz», respondeu o antigo ministro aos jornalistas.

                                                        Fonte
                                                        [QUOTE]

                                                        Cada vez mais tenho medo do que este senhor diz, pois não sei se rio ou se chore

                                                        Comentário


                                                          [QUOTE=Alpiger;1063210236][QUOTE]
                                                          Medina Carreira: agricultura é que nos vai tirar da crise


                                                          Para Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, só há uma solução para Portugal: «temos de investir nas batatas e nos legumes. Só através do investimento no sector primário e secundário, para exportar, conseguiremos sair da crise».

                                                          O antigo governante falou durante a apresentação do seu livro «Portugal que futuro» e foi, mais uma vez, crítico das políticas governativas. Para o economista vivemos num «ciclo de endividamento e défice crónico» e de onde só há uma saída possível: «aumentar a produção para criar riqueza».

                                                          Para isso é preciso «criar uma economia de mercado livre» e guardar «todo o dinheiro que nos emprestam» para combater o endividamento, em vez de o esbanjar.

                                                          «Neste momento, cada português deve 16 mil euros, mas daqui a cinco anos deverá muito mais», exemplificou o economista.
                                                          Situação do país é uma bomba-relógio

                                                          Opção contrária foi a tomada pelo actual Governo. Segundo o ex-ministro das Finanças, o programa do PS «não altera nada» de essencial. «Só aposta nas obras públicas. Com mais auto-estradas só vamos criar condições para fugir daqui».

                                                          «Outra preocupação é os homossexuais. Se andarmos preocupados com os homossexuais quando o país está a morrer, nem eles sobrevivem», ironizou o economista.

                                                          Neste sentido, Portugal «caminha para situação financeira cada vez mais desequilibrada», o que, «em certa medida, se torna numa bomba-relógio».

                                                          Ex-ministro apela a entendimento entre PS e PSD

                                                          Por isso, o economista alerta que «é preciso criar um entendimento entre os dois principais partidos políticos», embora considere que «nem os activos políticos nem os inactivos sabem alguma coisa».

                                                          Mas, Medina Carreira vai mais longe e põe em causa o futuro da democracia em Portugal. «Se os políticos continuarem a fazer política apenas para hoje e amanhã o regime republicano vai ter um fim muito desagradável».

                                                          Nessa óptica de descrença, o ex-governante afasta qualquer candidatura ao cargo de Presidente da República. «O Presidente hoje não tem poder para mudar nada. Pode dissolver a Assembleia da República mas é raro, pode dirigir mensagens ao Parlamento, mas o actual não o faz», respondeu o antigo ministro aos jornalistas.

                                                          Fonte

                                                          Cada vez mais tenho medo do que este senhor diz, pois não sei se rio ou se chore
                                                          Pronto lá veio a veia fascista do homem ao de cima. Ele é bom é dizer as coisas vagamente, quando começa a tornar-se especifico começa a dizer asneiras.

                                                          Comentário


                                                            Sector terciário/serviços sem suporte de produção (primário/secundário) ou revolução na logistica (infra-estruturas) é insuportável a medio/longo prazo ou suporta-se com injecção de capital de modo continuado e artificial, (UE/Quadros de apoio comunitário de modo continuado?).

                                                            Existe algo de verdade básica económica/social na análise feita a diversos níveis, Dívida portuguesa sob pressão negativa

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                                                              Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                                                              Sector terciário/serviços sem suporte de produção (primário/secundário) ou revolução na logistica (infra-estruturas) é insuportável a medio/longo prazo ou suporta-se com injecção de capital de modo continuado e artificial, (UE/Quadros de apoio comunitário de modo continuado?).

                                                              Existe algo de verdade básica económica/social na análise feita a diversos níveis, Dívida portuguesa sob pressão negativa
                                                              Um pais sem um forte sector primário e secundário, não consegue ter uma economia forte e estável, vive sim da importação de bens, aumentando assim a sua divida externa.

                                                              E tem sido isso que tem vindo a acontecer com Portugal. O sector primário e secundário tem vindo a desaparecer, fruto da cegueira governativa, que apenas vê e apoia os projectos de grandes grupos, quase sempre ligados ao sector terciário.
                                                              As micro e pequenas empresas que havia, grande parte delas no sector primário e secundário, forma-se finando, vitimas da falta de apoios do Estado. E quando falo e apoios, não falo somente de subsídios ou dinheiro. Há outro tipo de apoios, mais logísticos e a nível de gestão, que podem ter muito mais impacto que os financeiros.

                                                              O governo da Islândia, a quando do colapso do sistema financeiro, mandou os seus cidadão a voltarem a se dedicar á pesca. E Portugal, possivelmente terá de seguir o mesmo exemplo, dedicando-se á pesca e á agricultura, pois é a única coisa que conseguimos produzir.

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